Finalmente, uma notícia que parece saída diretamente dos anseios da população. A Prefeitura de São Vicente, na Baixada Santista, botou a mão na massa — literalmente — e iniciou a construção do tão aguardado Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) 24 horas. É daquelas obras que a gente fica torcendo para dar certo, sabe?
O terreno, localizado na Rua João Fraccaroli, no Parque Bitaru, que antes era basicamente um espaço vago, agora vive o burburinho característico de um canteiro de obras. Máquinas, operários, e aquele sentimento de coisa importante tomando forma. A expectativa é que o novo CAPS III — essa nomenclatura 'três' indica que será um serviço de maior complexidade — fique pronto em, pasmem, aproximadamente oito meses. Parece pouco tempo, mas para quem precisa do serviço, cada dia conta.
Mais do que quatro paredes
O que vai dentro desse centro é que faz toda a diferença. A proposta é oferecer um leque de cuidados. Não se trata apenas de um local para 'guardar' pessoas em crise, mas um espaço de acolhimento e tratamento contínuo. A estrutura prevê salas para atendimentos individuais e em grupo, espaços de convivência, áreas administrativas e até um ambulatório para situações que demandam intervenção rápida.
O prefeito Kayo Amado, em declaração, destacou o caráter essencial do equipamento. "É um compromisso com a vida", afirmou. Soa até clichê, mas quando a gente para para pensar na realidade da saúde mental no Brasil, principalmente após os anos mais duros da pandemia, a frase ganha um peso enorme. A secretária de Saúde, Sônia Maria Fonseca, complementou, enfatizando que o foco é o atendimento humanizado, 24 horas por dia, todos os dias do ano. Isso significa que, não importa a hora ou o dia, haverá uma porta aberta para quem estiver passando por um momento de sofrimento psíquico intenso.
Um investimento que vai além do financeiro
O valor investido na obra é significativo: R$ 3.189.999,99. Sim, aquele um centavo faz diferença no orçamento público. Mas o investimento real, aquele que não cabe em planilha, é na dignidade das pessoas. Um CAPS 24h funciona como uma alternativa ao modelo asilar, uma espinha dorsal da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Ele evita internações desnecessárias em hospitais psiquiátricos e oferece cuidado no território, perto da família e da comunidade da pessoa.
É um passo importante, sem dúvida. Mas é só o primeiro. De nada adianta uma obra faraônica se não vier acompanhada de uma equipe multiprofissional qualificada e com número suficiente de profissionais — psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais. A população fica de olho. A promessa está lançada, e agora o desafio é fazer com que o serviço funcione de fato, na prática do dia a dia, com a qualidade que São Vicente merece.
Enquanto o concreto não seca, a esperança é que esse novo CAPS se torne uma referência positiva em cuidados com a saúde mental, um verdadeiro farol para quem mais precisa na região.
