
Você sabia que aquele ronco aparentemente inofensivo pode ser um grito de alerta do seu corpo? Pois é, a médica Dra. Camila Alves, especialista em medicina do sono, soltou o verbo em uma entrevista recente: "Roncar não é normal, mesmo sendo comum como pegar um resfriado". E olha que ela não está exagerando.
O perigo que vem na calada da noite
Enquanto muita gente acha que roncar é só um incômodo para quem dorme ao lado, a verdade é bem mais assustadora. A apneia obstrutiva do sono — aquela parada respiratória que acontece sem você nem perceber — pode transformar seu descanso numa verdadeira maratona de sufoco. E o pior? Quem sofre muitas vezes nem desconfia.
"Já atendi pacientes que passavam por mais de 30 episódios de apneia por hora", revela a doutora. Imagina só: é como se alguém te sufocasse meia vez por minuto enquanto você dorme. Arrepiante, não?
Sinais que seu corpo dá (e você ignora)
- Acordar com a boca seca como o deserto do Saara
- Dores de cabeça matinais que parecem marteladas
- Sonolência diurna — aquela vontade de dormir em pé no metrô
- Memória falhando mais que celular com bateria fraca
E tem mais: a médica alerta que a apneia não tratada pode virar uma bola de neve de problemas. "Hipertensão, diabetes, até risco aumentado de AVC", enumera. Parece exagero? Infelizmente, a ciência comprova cada um desses riscos.
E agora, o que fazer?
Primeiro passo: parar de achar normal. Segundo: procurar um especialista. A boa notícia? Existem tratamentos eficazes, desde aparelhos bucais até aquelas máquinas de CPAP — que, convenhamos, podem até assustar no começo, mas valem cada suspiro tranquilo.
Ah, e se você pensa que isso é coisa de gente mais velha... Ledo engano! A médica conta que tem visto cada vez mais jovens no consultório. "Vida estressante, obesidade em alta, noites mal dormidas... É a tempestade perfeita", lamenta.
Então, tá esperando o quê? Se seu ronco faz o cachorro do vizinho uivar em resposta, talvez seja hora de marcar aquela consulta. Seu coração — e quem dorme ao seu lado — vão agradecer.