
Parece brincadeira de criança, mas é coisa séria. A Santa Casa de Misericórdia de Maceió soou o alarme nesta semana com um dado que deixou mães e pais de cabelo em pé: um aumento preocupante nos casos da síndrome mão-pé-boca entre os pequenos. E olha que não é pouca coisa — só nos últimos 15 dias, os pediatras do hospital atenderam quase o dobro de pacientes com essa virose chata que adora atacar a criançada.
"A gente tá vendo chegar aqui no pronto-socorro um monte de criança febril, com aquelas bolinhas características nas mãos, pés e... bom, dá pra imaginar onde mais", conta a Dra. Renata Vasconcelos, infectologista que tá praticamente virando especialista no assunto. Ela faz um alerta que não pode ser ignorado: a doença é altamente contagiosa, principalmente em creches e escolinhas.
Sinais que não dá pra fingir que não viu
Se seu filho acordou meio caidinho, com febre baixa e sem aquela energia de sempre, fique esperto. Os sintomas iniciais são meio traiçoeiros — parecem um resfriado comum, mas aí vem o combo completo:
- Febre que teima em não baixar (e a criança fica daquele jeito, mole que só)
- Dor de garganta que faz até água virar motivo de birra
- E o pior: aquelas lesões vermelhas que aparecem como se fossem um mapa pelo corpo — concentradas, claro, nas extremidades
"Tem mãe que chega aqui achando que é catapora ou alergia", comenta a enfermeira Lúcia Santos, que já perdeu as contas de quantas vezes explicou a diferença nesta temporada. A boa notícia? Na maioria dos casos, a doença some sozinha em 7 a 10 dias. A ruim? Enquanto isso, a criança fica irritada, sem comer direito e... bem, você já sabe como é.
Não é exagero: prevenção é tudo
Numa época em que todo mundo já tá cansado de ouvir falar em higiene, a Santa Casa insiste: lavar as mãos frequentemente ainda é a melhor arma contra essa e outras viroses. Mas tem mais:
- Evitar aglomerações quando há casos confirmados na escola
- Não compartilhar copos, talheres ou objetos pessoais
- Desinfetar regularmente brinquedos e superfícies
- Manter a criança em casa durante o período contagioso
E atenção, viu? Se notar que os sintomas persistem ou pioram — principalmente se houver sinais de desidratação —, corre para o médico. "Melhor pecar pelo excesso de cuidado", reforça a Dra. Renata, que já viu casos evoluírem para complicações mais sérias.
Enquanto isso, nas creches de Maceió, a palavra de ordem é vigilância. Diretores relatam que até os funcionários estão sendo orientados a lavar as mãos a cada meia hora — e olha que ninguém tá reclamando, porque ninguém merece levar esse "presentinho" pra casa.