
Eis uma questão que tira o sono de muitas gestantes: será que aquele remédio comum, o paracetamol, pode mesmo influenciar no desenvolvimento do bebê? A Comissão Europeia resolveu botar os pingos nos is e, depois de vasculhar um monte de pesquisas, soltou o veredito. E a notícia é aliviadora.
O braço executivo da União Europeia analisou minuciosamente – e estamos falando de um pente-fino mesmo – as evidências científicas disponíveis sobre o assunto. O resultado? Não foi encontrado um elo convincente entre o uso do analgésico durante os nove meses de espera e um maior risco de autismo na criança.
Nada de alarmes, portanto. A revisão, conduzida pelo Comitê de Avaliação de Riscos em Farmacovigilância (PRAC), chegou à conclusão de que os estudos existentes simplesmente não sustentam essa associação. Eles foram categóricos ao afirmar que as limitações metodológicas das pesquisas anteriores impedem uma conclusão definitiva nesse sentido.
O Que Dizem os Especialistas?
Para quem vive a realidade dos consultórios, a decisão europeia faz todo o sentido. "A gente sempre recomenda cautela com qualquer medicamento na gravidez, é claro&quo;, comenta uma obstetra de São Paulo, que prefere não se identificar. "Mas o paracetamol ainda é a opção mais segura para controle da dor e febre nesse período. Este novo posicionamento traz um conforto importante para as pacientes, que muitas vezes ficam angustiadas."
É importante frisar – e a Comissão foi bem clara nisso – que a recomendação de sempre é usar a menor dose eficaz pelo menor tempo possível. Automedicação, então, nem pensar! A orientação médica individualizada é a regra de ouro.
E Agora, Fica Mais Sossegado?
Parece que sim. A mensagem que fica é de tranquilidade, mas sem abrir mão do bom senso. A ciência segue seu curso, investigando cada detalhe para garantir a saúde de mães e bebês. Enquanto isso, as gestantes podem respirar um pouco mais aliviadas em relação a esse ponto específico.
Claro que o tema é complexo e novos estudos sempre podem surgir. Mas, pelo menos por enquanto, o parecer europeu joga uma luz positiva sobre a questão, afastando um fantasma que preocupava muitas famílias. Fica o recado: na dúvida, converse sempre com o seu médico. Ele é o seu melhor guia nessa jornada.