Doença mão-pé-boca: especialista revela segredos para proteger as crianças
Como proteger crianças da doença mão-pé-boca

Parece que todo verão a mesma história se repete: creches e parquinhos viram terreno fértil para a famigerada doença mão-pé-boca. E não, não tem nada a ver com gado ou fazenda - é uma virose chata que adora atacar os baixinhos.

"A gente vê um aumento significativo nessa época do ano", comenta a infectopediatra Dra. Ana Clara Monteiro, enquanto ajusta seu estetoscópio colorido. "E o pior? Muitos pais só descobrem o que é quando já está instalado."

Sinais que não enganam

Primeiro vem a febre - daquelas que deixam o pequeno mais caído que time na lanterna. Depois, as manchinhas vermelhas aparecem, preferencialmente onde o nome sugere:

  • Mãos (principalmente palmas)
  • Pés (com destaque para as solas)
  • Boca (aí é que mora o perigo - as aftas dificultam até tomar sorvete)

"Tem criança que fica tão incomodada com as lesões na boca que até para de comer", alerta a médica, fazendo cara de preocupação. "Aí o negócio fica sério mesmo."

Prevenção? Mais fácil que ensinar a usar o pinico

Se tem uma coisa que a Dra. Ana Clara enfatiza é que prevenir essa encrenca é bem menos trabalhoso que lidar com ela. Suas dicas de ouro:

  1. Lavar as mãos como se fosse ritual sagrado - principalmente depois de trocar fraldas ou ajudar no vaso
  2. Desinfetar superfícies que viram rodízio de mãozinhas (brinquedos, maçanetas, tablets da escola)
  3. Evitar aglomerações quando souber de casos na escolinha
  4. Não compartilhar copos, talheres ou aquele sanduíche que caiu no chão (sim, crianças fazem isso)

E aqui vai um bônus: "Álcool em gel ajuda, mas água e sabão ainda são os campeões", revela a especialista, com ar de quem já viu muita coisa.

E se pegar mesmo assim?

Calma, respira fundo. Na maioria dos casos, a doença some sozinha em 7 a 10 dias - como aquela visita chata que não sabe a hora de ir embora. Enquanto isso:

  • Ofereça alimentos pastosos e frios (iogurte, purê, sorvete - esse último sempre cai bem)
  • Mantenha a hidratação em dia, mesmo que seja no conta-gotas
  • Use analgésicos com orientação médica para aliviar o desconforto

"O importante é observar", finaliza a Dra. Ana Clara. "Se a criança ficar muito prostrada, sem urinar ou com febre persistente, é hora de correr para o pediatra."

Ah, e uma última coisinha: adultos também podem pegar, viu? Então melhor não dar bobeira - essa virose não discrimina idade.