Mamografia a partir dos 40 anos: Ministério da Saúde muda diretriz e amplia prevenção ao câncer de mama
Mamografia a partir dos 40 anos: nova diretriz do Ministério

Eis que o Brasil dá um passo importante - e digo importante mesmo - na luta contra o câncer de mama. O Ministério da Saúde resolveu mexer nos ponteiros do relógio da prevenção. A partir de agora, a mamografia será recomendada para mulheres a partir dos 40 anos, e não mais aos 50 como era antes.

Parece pouco? Dez anos podem fazer uma diferença enorme, acreditem. Enquanto muitos países já adotavam essa faixa etária, o Brasil ficava na retaguarda. Agora, a coisa muda de figura.

O que muda na prática?

Bom, a orientação é que mulheres entre 40 e 49 anos façam o exame anualmente. Acima dos 50, a periodicidade passa a ser a cada dois anos. Mas atenção: quem tem histórico familiar ou outros fatores de risco deve conversar com seu médico sobre a necessidade de começar ainda mais cedo.

O ministro da Saúde, Nísia Trindade, foi enfática ao anunciar a mudança. "Estamos alinhando o Brasil com as melhores práticas internacionais", disse ela, destacando que a medida pode salvar milhares de vidas.

Por que essa mudança agora?

Ah, aí é que está o pulo do gato. Os números não mentem: o câncer de mama é o que mais mata mulheres no país. E quando detectado cedo, as chances de cura sobem para mais de 90%. Sim, mais de noventa por cento!

Os especialistas vinham pressionando por essa mudança há tempos. A Sociedade Brasileira de Mastologia, por exemplo, já recomendava a mamografia a partir dos 40 anos desde 2015. Finalmente, o governo ouviu o apelo.

Mas calma lá que não é só chegar e fazer o exame. O SUS vai precisar se organizar para atender essa nova demanda. Imagina a fila? O ministério garante que está preparando um plano de ampliação da capacidade de atendimento.

E as críticas?

Claro que sempre tem quem conteste. Alguns argumentam sobre possíveis "falsos positivos" em mulheres mais jovens. Outros questionam o custo adicional para o sistema público. Mas, convenhamos, quando se trata de salvar vidas, vale cada centavo investido.

Particularmente, acho que é uma daquelas mudanças que a gente olha para trás daqui a alguns anos e pensa: "como é que não fizemos isso antes?".

O importante é que as mulheres brasileiras ganham mais uma arma na prevenção. E como diz o ditado, melhor prevenir do que remediar. No caso do câncer de mama, isso nunca foi tão verdade.