Semaglutida no Ozempic: Anvisa alerta sobre risco de cegueira e efeitos colaterais graves
Ozempic: Anvisa alerta sobre risco de cegueira com semaglutida

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre os riscos associados ao uso da semaglutida, princípio ativo do medicamento Ozempic. A substância, amplamente utilizada no tratamento de diabetes tipo 2 e, off-label, para perda de peso, está sendo investigada por possíveis efeitos colaterais graves, incluindo danos irreversíveis à visão.

O que é a semaglutida?

A semaglutida é um análogo do GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1), que age estimulando a produção de insulina e reduzindo o apetite. Originalmente desenvolvida para controlar os níveis de açúcar no sangue em pacientes diabéticos, ganhou popularidade como auxiliar no emagrecimento.

Riscos à saúde ocular

Segundo a Anvisa, estudos recentes indicam que o uso prolongado da semaglutida pode estar associado a um aumento no risco de desenvolver neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA), uma condição que pode levar à perda parcial ou total da visão.

Entre os sintomas que demandam atenção imediata estão:

  • Visão turva ou embaçada
  • Perda súbita da visão
  • Dor ocular intensa
  • Alterações na percepção de cores

Orientações da Anvisa

A agência reguladora recomenda que:

  1. Pacientes em tratamento com Ozempic façam exames oftalmológicos regulares
  2. Profissionais de saúde monitorem atentamente possíveis efeitos adversos
  3. O uso para emagrecimento seja feito apenas sob rigorosa supervisão médica

"Embora os benefícios do medicamento para diabéticos sejam comprovados, é crucial ponderar os riscos, especialmente quando usado sem indicação precisa", alerta a Anvisa em comunicado oficial.

Alternativas seguras

Especialistas destacam que o tratamento para perda de peso deve ser individualizado e incluir:

  • Acompanhamento nutricional
  • Atividade física regular
  • Terapia comportamental quando necessário
  • Medicações aprovadas especificamente para esse fim

A semaglutida continua aprovada para o tratamento de diabetes, mas seu uso requer maior cautela e monitoramento.