
Era por volta das 10h da manhã quando o silêncio do Jardim Esperança, em Cabo Frio, foi quebrado por tiros. Um adolescente de 16 anos — nome ainda não divulgado — não sobreviveu ao confronto com agentes da Polícia Militar. A cena, segundo testemunhas, foi de caos. "Parecia filme de ação, só que real", comentou um morador que preferiu não se identificar.
A PM afirma que a operação fazia parte de investigações sobre pontos de venda de drogas na região. Os policiais teriam sido recebidos a tiros ao se aproximarem de uma residência suspeita. No tiroteio, o jovem foi atingido. Ele ainda foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Reações e questionamentos
Enquanto isso, a família do adolescente exige respostas. "Ele era um menino quieto, estudava", desabafa uma tia, entre lágrimas. Já a Secretaria de Segurança Pública garante que "todos os protocolos foram seguidos". Será?
O caso reacende o debate sobre operações policiais em comunidades. Só este ano, foram 14 mortes em confrontos na Baixada Litorânea — número que assusta, mas que poucos parecem notar até que a tragédia bate à porta.
O corpo foi encaminhado ao IML de Cabo Frio. A perícia vai apurar os detalhes do ocorrido. Enquanto isso, a PM promete "transparência" nas investigações. A população, porém, já conhece esse roteiro.