Quem disse que comida de centro público precisa ser sem graça? Em Araucária, a prefeitura resolveu virar o jogo e provar que alimentação saudável pode — e deve — ser gostosa. A mudança no Centro de Convivência da Pessoa Idosa já está dando o que falar.
De marmita sem graça a prato cheio de nutrientes
Antes era aquela coisa: arroz branco, feijão aguado, carne dura... Agora, os vovôs e vovós estão sendo recebidos com um cardápio que parece saído de um programa de culinária. Frutas da época, legumes coloridos, grãos integrais — tudo fresquinho, preparado com carinho.
"A gente até pensou que tivesse dia de chef famoso cozinhando aqui", brinca dona Maria, 72 anos, enquanto saboreia uma abobrinha recheada que "nem no restaurante caro".
Mais que comida, saúde no prato
Não é só capricho não. A nutricionista responsável pelo projeto explica que cada ingrediente foi escolhido a dedo:
- Redução de 60% no sal
- Azeite de oliva no lugar de óleo comum
- Três variedades de folhas diferentes por dia
- Sobremesas funcionais (sim, existe doce saudável!)
E o melhor? Tudo adaptado para quem tem dificuldade de mastigar ou problemas de saúde específicos. Diabetes, pressão alta — cada caso recebe atenção especial.
O segredo do sucesso? Ouvir quem entende
O prefeito contou que a ideia veio direto dos frequentadores do centro. "Eles reclamavam que em casa comiam melhor que aqui. Levamos a sério e mudamos tudo", diz, orgulhoso.
Os números mostram que a estratégia deu certo:
- Frequência aumentou 40%
- Reclamações caíram pela metade
- Até os médicos notaram melhora nos exames
Não é milagre — é cuidado básico feito direito. Como diz seu João, 80 anos: "Comida boa prolonga a vida, mas comida com amor faz valer a pena viver".
E aí, quando sua cidade vai copiar a ideia?
