
Num daqueles giros inesperados que a ciência às vezes nos apresenta, pesquisadores esbarram numa descoberta que dá o que falar. Parece que o vírus da Covid-19 — aquele mesmo que já virou nossa vida de cabeça pra baixo — pode ter mais uma carta na manga. E dessa vez, o alvo são células que a gente nem sabia que estavam ali.
O que diabos está acontecendo?
Imagine seu corpo como um grande condomínio. Tem moradores ativos, outros mais quietos e alguns que simplesmente decidiram tirar um cochilo prolongado. As células cancerosas dormentes são justamente esses últimos — moradores que ficam na delas, sem causar problema... até agora.
O estudo, publicado num daqueles periódicos científicos que só especialistas costumam ler, aponta que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode ser o despertador que essas células estavam esperando. E olha, não é um simples "bom dia" — é aquela britadeira do vizinho às 7 da manhã.
Os mecanismos por trás do caos
Os cientistas — esses detetives de jaleco — descobriram que a tempestade de citocinas, aquela famosa reação exagerada do sistema imunológico na Covid grave, cria o ambiente perfeito para essas células acordarem com mau humor. É como se a briga generalizada no condomínio fizesse os moradores quietos decidirem se juntar à baderna.
- Inflamação crônica: O equivalente biológico a deixar uma panela no fogo alto por muito tempo
- Estresse oxidativo: Quando as células ficam tão sobrecarregadas que começam a fazer coisas das quais se arrependerão depois
- Mudanças no microambiente: A vizinhança celular fica tão tóxica que até as células mais pacíficas consideram virar o jogo
"Não estamos dizendo que todo mundo que teve Covid vai desenvolver câncer", apressa-se a explicar um dos pesquisadores. Mas para quem já tem predisposição? Bom, aí a história pode ser diferente.
E agora, José?
Antes que você comece a entrar em pânico (porque, convenhamos, a gente já tem motivos de sobra), os especialistas ressaltam que isso é preliminar. Ciência é assim — um passo de cada vez, com muitos "se" e "mas" pelo caminho.
O lado bom? Saber desse risco potencial significa que os médicos podem ficar de olho mais atento em pacientes recuperados da Covid, especialmente aqueles com histórico familiar de câncer. Como diz minha avó: "Contra fatos (científicos), não há argumentos".
Enquanto isso, a recomendação continua a mesma: vacina em dia e check-ups regulares. Porque se tem uma coisa que a pandemia nos ensinou, é que prevenir é — e sempre será — melhor do que remediar.