Empresário é acusado de assédio moral no Ceará: humilhações, ameaças e gritos contra funcionárias
Empresário é denunciado por assédio moral no Ceará

Um clima de terror. É assim que ex-funcionárias descrevem o ambiente numa empresa de Fortaleza, onde um administrador teria transformado o local de trabalho num verdadeiro campo de batalha psicológica. Segundo relatos, não eram raras as cenas de humilhação pública, com direito a gritarias que ecoavam pelos corredores.

"Ele fazia questão que todo mundo ouvisse", conta uma das vítimas, que prefere não se identificar. "Quando não gostava de algo, vinha com aquela voz estridente - parecia um megafone com raiva." Detalhes? Tinha de sobra: desde xingamentos criativos (do tipo que faria um marinheiro corar) até ameaças veladas de demissão.

O estopim

Tudo veio à tona quando três mulheres decidiram unir forças. Cansadas de engolir sapos - e olha que não eram pequenos - registraram queixa no Ministério Público do Trabalho. Os depoimentos são de cortar o coração: uma delas desenvolveu crises de ansiedade, outra precisou buscar acompanhamento psicológico.

E tem mais: segundo os documentos, o tal "chefe" tinha mania de controle digna de regimes totalitários. Fiscalizava até o tempo no banheiro - sério mesmo. "Parecia que tínhamos um chip implantado", brinca (sem graça) uma das envolvidas.

O outro lado

Procurado, o advogado do administrador negou as acusações. Disse que seu cliente é "exigente, porém justo" - aquela velha história. Alegou ainda que as funcionárias estariam distorcendo fatos após serem advertidas por baixo desempenho. Conveniente, não?

Enquanto isso, o caso segue sob análise. E serve de alerta: assédio moral não é "frescura" ou "mimimi". É crime. Ponto final.