
Não é todo dia que a justiça trabalhista dá um verdadeiro show de moral — literalmente. Dessa vez, uma empresa acabou de aprender, do jeito mais duro possível, que humilhar funcionário pode sair caro. Muito caro.
Imagine só: você está no seu ambiente de trabalho, tentando fazer seu serviço, quando do nada leva um chute no orgulho. Foi exatamente o que aconteceu com um homem — que preferiu não ter o nome divulgado — após apresentar um atestado médico. Alguém do departamento pessoal, cheio de si, soltou a pérola: que ele era "viciado em atestados".
O pior? A frase veio em tom de deboche, na frente de outros colegas. Que situação, hein?
O estrago estava feito
O funcionário, obviamente, não engoliu a gozação. Quem é que engole? Ele resolveu processar a empresa por danos morais. E não é que a justiça deu total razão a ele?
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) condenou a empregadora a pagar R$ 5 mil de indenização. Pode parecer pouco para alguns, mas é um recado duríssimo — um verdadeiro tiro de advertência para outras empresas que pensam em agir da mesma forma.
O que a lei diz?
Os desembargadores foram claríssimos na decisão. Afirmaram que o tratamento desrespeitoso fere, e muito, a dignidade do trabalhador. Na prática, a empresa ultrapassou todos os limites do bom senso — e do legal.
E tem mais: a tal frase pejorativa não foi dita apenas uma vez. Virou quase um rótulo, uma espécie de assédio moral continuado. Algo completamente inaceitável.
Ah, e a empresa tentou se defender, dizendo que não havia provas suficientes. Só que a testemunha confirmou tudo. Pronto — game over para o lado patronal.
E agora, o que muda?
Esse caso deveria servir de exemplo. Não só para empregadores, mas também para trabalhadores que passam por situações semelhantes. A justiça trabalhista está aí para equilibrar a balança — e dessa vez ela pesou forte do lado do funcionário.
É claro que ninguém sai ganhando totalmente numa situação dessas. Dinheiro algum paga a humilhação pública. Mas é uma vitória simbólica importantíssima.
Quem aí já não viu algo parecido acontecer no próprio trampo? Pois é. A diferença é que, dessa vez, a empresa pagou — literalmente — pelo erro.