
Imagine acordar no meio da madrugada com um pressentimento ruim – foi exatamente assim que começou o pesadelo para uma família de São José do Rio Preto. Por volta das 3h da manhã desta sexta-feira, o silêncio foi quebrado por gritos desesperados.
Aos 81 anos, dona Maria (nome fictício para preservar a identidade) estava tendo um mal súbito. Só que o inacreditável aconteceu: seu próprio cachorro, um Pitbull que vivia com ela há anos, reagiu de forma totalmente inesperada às convulsões.
Testemunhas do prédio onde moravam contaram à polícia que ouviram barulhos estranhos vindo do apartamento. Quando os familiares conseguiram entrar... meu Deus, que cena devastadora. A idosa estava no chão, consciente mas já muito debilitada, com mordidas no braço esquerdo.
O socorro que chegou tarde demais
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente, mas sabe como é – nessas horas, cada minuto parece uma eternidade. Os socorristas encontraram a idosa ainda consciente, conseguindo relatar brevemente o que havia acontecido antes de seu estado piorar drasticamente.
Ela foi levada às pressas para a Santa Casa de Rio Preto, mas não resistiu. O que exatamente causou a morte? Bem, aí entra a complexidade do caso. O legista vai ter que descobrir se foi o mal súbito sozinho, as mordidas do animal, ou uma combinação trágica dos dois fatores.
Um animal imprevisível
O tal Pitbull – que sempre havia sido tratado como membro da família – foi recolhido pelo Centro de Controle de Zoonoses. É aquela velha discussão: até que ponto podemos prever o comportamento de um animal? Especialistas em comportamento canino sempre alertam que situações de estresse extremo, como convulsões humanas, podem desencadear reações instintivas mesmo em pets domesticados.
O caso me fez lembrar daquela história que circulou ano passado em Minas Gerais, lembra? Situação parecida, mas com desfecho diferente. Cada caso é um caso, mas a pergunta que fica é: estamos preparados para emergências médicas na presença de animais?
O que dizem as autoridades
A Delegacia de Polícia já abriu inquérito para investigar as circunstâncias exatas da morte. O laudo cadavérico – que deve sair nos próximos dias – será crucial para determinar a causa oficial do óbito.
Enquanto isso, a família se prepara para o enterro que deve acontecer ainda neste sábado. Vizinhos relatam que dona Maria era uma pessoa querida, sempre educada e amável com todos. A ironia cruel do destino: faleceu justo na companhia de seu suposto melhor amigo.
O caso serve como alerta para todos nós que temos animais em casa. Por mais dócil que seja o bichinho, situações médicas emergenciais podem despertar instintos primitivos. Talvez valha a pena repensar protocolos de segurança – especialmente quando idosos vivem sozinhos com pets de grande porte.