
Parece que os ventos mudaram no Exército Brasileiro — e não foi só uma brisa leve. O Batalhão dos Kids Pretos, aquela tropa que sempre chamou atenção pelo nome incomum (e pela história peculiar), acaba de ser realocado. E olha que reviravolta: saiu do Comando de Operações Especiais, onde estava desde 2021.
Segundo fontes internas, a decisão veio de cima, direto do alto comando. Não foi um rompimento brusco, mas sim parte de uma "reorganização estrutural" — esse jargão militar que sempre esconde mais do que revela. O batalhão agora responde diretamente ao Comando de Operações Terrestres, num movimento que especialistas veem como "natural", mas que deixou muitos de queixo caído.
E os Kids Pretos?
Calma, ninguém está desmontando a unidade. Longe disso. A mudança, segundo o Exército, visa "otimizar a empregabilidade operacional" da tropa. Traduzindo para o português de gente comum: querem usar melhor esses soldados em missões que façam sentido para o perfil deles.
O batalhão — criado em 1957 e batizado em homenagem ao Sargento Max Wolff Filho, herói da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra — sempre foi uma unidade diferente. Tradição pesada, mas com um nome que, convenhamos, soa mais para grupo de rap do que para unidade militar de elite.
O que dizem os especialistas?
"Isso não é downgrade, é ajuste de rota", dispara um coronel reformado que preferiu não se identificar. "As operações especiais têm critérios técnicos muito específicos. Se o batalhão não estava sendo usado nesse contexto, faz sentido colocá-lo onde possa render mais."
Mas há quem discorde. Um major ativo (que, claro, também falou sob condição de anonimato) soltou: "Tem cheiro de politicagem interna. Todo mundo sabe que os Kids Pretos têm história e capacidade. Tirá-los do COE parece mais uma jogada de poder do que necessidade operacional."
O Exército, como sempre, foi econômico nas explicações. Em nota oficial, limitou-se a dizer que a medida "visa o aprimoramento da estrutura organizacional" e que "o Batalhão continuará executando missões de relevância para a Força Terrestre".
Enquanto isso, nos quartéis, o assunto esquenta os corredores. Uns acham natural. Outros torcem o nariz. E os soldados rasos? Esses, como sempre, só obedecem às ordens — e seguem fazendo história, não importa em qual comando estejam subordinados.