
Numa jogada que pegou muitos de surpresa — até mesmo os mais antenados na política carioca —, o prefeito do Rio, Bacellar, decidiu não esperar pelo governador Cláudio Castro e lançou seu próprio pacote de medidas de segurança. E olha que o timing não poderia ser mais estratégico: às vésperas de um ano eleitoral que promete esquentar os ânimos.
Não é de hoje que essa dupla vive uma relação de amor e ódio (mais ódio, pra ser sincero). Mas dessa vez, Bacellar parece ter dado um xeque-mate. O projeto, que inclui desde câmeras de monitoramento em áreas críticas até parcerias com bairros, foi anunciado sem aviso prévio ao Palácio Guanabara. E adivinha só? O clima esfriou mais que praia de Copacabana em julho.
O que está em jogo?
Detalhes do plano:
- Expansão do monitoramento: 200 novas câmeras em zonas de conflito até dezembro
- "Segurança compartilhada": Moradores poderão reportar problemas via app exclusivo
- Blitz educativas: Foco em escolas e comunidades carentes
Enquanto isso, do lado do governo estadual, o silêncio é ensurdecedor. Fontes próximas a Castro dizem que houve "estranhamento" com a falta de diálogo. Já a equipe de Bacellar defende: "Quando o assunto é segurança, não dá pra ficar esperando o trem passar".
Analistas políticos veem nisso uma clara manobra para marcar território. Afinal, com as eleições municipais se aproximando, cada gesto vira peça num tabuleiro de xadrez onde o povo carioca é quem pode sair ganhando... ou perdendo.