
Era pra ser mais uma noite de música caipira em São Carlos, mas o negócio desandou feito viola desafinada. A prefeitura, que tinha fechado um contrato de R$ 450 mil com duplas sertanejas, teve que recuar feito boi na estrada depois que o Ministério Público botou o dedo na ferida.
Não deu outra. O edital, que previa apresentações musicais na cidade, foi cancelado na marra. O MP questionou não só a legalidade do processo, mas também a prioridade num momento em que a saúde e educação estão precisando de mais atenção (e dinheiro).
O que deu errado?
Segundo fontes próximas ao caso, o problema começou quando alguém resolveu perguntar: "Será que é hora certa pra gastar quase meio milhão em música?". A resposta, claro, veio rápido como um repente de viola:
- Valor considerado exorbitante para o atual cenário econômico
- Processo licitatório com possíveis irregularidades
- Falta de transparência na seleção das atrações
Não é de hoje que esse tipo de gasto cultural vira polêmica. Mas em São Carlos, a coisa pegou fogo. O MP entrou com questionamentos formais e, antes que virasse caso de Justiça, a prefeitura preferiu puxar o freio de mão.
E agora?
Os fãs de música sertaneja vão ficar chateados? Provavelmente. Mas a maioria da população parece estar mais preocupada com coisas como:
- Postos de saúde com falta de medicamentos
- Escolas precisando de reformas
- Asfalto esburacado em várias regiões
"Às vezes é preciso saber escolher entre o que é urgente e o que pode esperar", comentou um morador da região central, enquanto consertava o carro em mais uma cratera urbana.
O caso ainda pode render mais capítulos. O MP promete continuar de olho nos gastos públicos da cidade, especialmente na área cultural. Enquanto isso, as duplas sertanejas terão que procurar outros palcos - preferencialmente aqueles que não custem meio milhão aos cofres públicos.