
Era pra ser mais um daqueles dias comemorativos que enchem o calendário de simbolismo — mas não passou. A Câmara Municipal do Rio, em votação que pegou até os mais antenados de surpresa, manteve o veto do prefeito Eduardo Paes ao projeto que criava o Dia da Cegonha Reborn. A proposta, que já tinha dividido opiniões desde o início, acabou engavetada depois de uma sessão cheia de reviravoltas.
Pra quem não acompanhou o caso — e olha que ele rendeu até meme nas redes sociais —, a ideia era instituir a data em 25 de outubro, celebrando aquelas bonecas hiper-realistas que parecem bebês de verdade. Os defensores do projeto argumentavam que a homenagem ajudaria a valorizar o artesanato e o trabalho das artistas que fazem essas peças. Mas Paes, num daqueles vetos que deixam todo mundo especulando, alegou que "não cabia ao poder público oficializar datas de nicho específico".
O debate que esquentou (e depois esfriou)
Na Câmara, a discussão foi da água pro vinho em questão de minutos. Alguns vereadores chegaram a defender a proposta com unhas e dentes — "É uma forma de reconhecer o trabalho de milhares de mulheres", disparou um deles. Do outro lado, os críticos rebateram: "Cadê os projetos pra saúde e educação, hein?" (a clássica).
No final das contas, o placar ficou apertado: 28 votos a favor de derrubar o veto contra 35 contrários. Ou seja, o prefeito levou a melhor — e o tal dia não vai entrar pro calendário oficial, pelo menos por enquanto.
E agora?
Os coletivos de artesãs, que já estavam até planejando eventos pra data, ficaram na mão. "A gente vai continuar celebrando, com ou sem aval da prefeitura", afirmou uma das líderes do movimento, enquanto arrumava uma das bonecas pra foto. Já na Câmara, o clima era de "vamos pra próxima" — afinal, como dizem por lá, política é igual feira: sempre tem outro projeto pra discutir amanhã.
E você, o que acha? Vale a pena criar datas comemorativas pra todo tipo de atividade ou isso acaba banalizando o calendário oficial? Dá pra entender o veto ou foi falta de sensibilidade do Paes? O debate — esse sim — parece que vai longe...