
Um servidor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) depôs ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19) e revelou que a diretoria da corporação solicitou abordagens durante as eleições de 2022. A informação, que pode reacender o debate sobre interferência política nas forças de segurança, foi confirmada por fontes próximas ao inquérito.
Segundo o relato, houve um pedido explícito para que agentes realizassem operações durante o período eleitoral. O depoimento integra as investigações sobre possível uso político da PRF no pleito que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva.
O que diz o depoimento
O funcionário, cuja identidade foi preservada, afirmou que as ordens partiram da cúpula da PRF. "Ficou claro que era para tomar um lado", declarou ao STF. As abordagens teriam como alvo principal eleitores em regiões consideradas estratégicas.
Repercussão política
O caso já causa comoção no Congresso Nacional. Líderes partidários cobram explicações do Ministério da Justiça, enquanto oposicionistas questionam a credibilidade das acusações.
Especialistas em direito eleitoral ouvidos pela reportagem alertam que, se comprovadas, as irregularidades podem configurar crime de abuso de poder político. A PRF ainda não se manifestou oficialmente sobre o depoimento.