Panamá Desfere Golpe: Exige Mudança da Sede da COP30 de Belém por Falha Logística
Panamá exige mudança da COP30 de Belém por falha logística

Eis que surge um obstáculo digno de um romance geopolítico: um embaixador do Panamá, país que nem sequer é o anfitrião, resolveu balançar as estruturas da organização da COP30. A questão? Belém, a cidade escolhida para sediar a conferência climática de 2025, estaria completamente despreparada para receber a invasão de delegações, observadores e jornalistas de todo o mundo.

Numa carta endereçada à ONU – daquelas que fazem os diplomatas tremerem nas bases –, o representante panamenho não usou meias-palavras. Afirmou, com todas as letras, que a infraestrutura hoteleira da capital paraense é simplesmente insuficiente para um evento deste calibre. Imagina só: mais de 30 mil pessoas precisando de um lugar para dormir, e a cidade não tendo nem de longe quartos suficientes.

Um quebra-cabeça logístico de proporções épicas

O problema vai muito além de não encontrar um hotel com café da manhã incluído. Estamos falando do principal evento global sobre a crise climática, onde se decidem os rumos do nosso planeta. E a logística, convenhamos, é parte crucial disso. Como concentrar líderes mundiais, cientistas e ativistas se não há onde acomodá-los?

O embaixador foi direto ao ponto: a menos que haja um milagre na infraestrutura de Belém nos próximos meses, a conferência está fadada ao caos. Ele não sugeriu apenas uma mudança; exigiu que a ONU considere seriamente realocar o evento para um lugar com capacidade comprovada. A audácia!

E o Brasil? Calado até agora.

O mais curioso nessa história toda é o silêncio ensurdecedor do Itamaraty. Enquanto um país terceiro levanta a bandeira vermelha, nossa chancelaria parece estar fingindo que não é com ela. Será que subestimaram grotescamente os desafios logísticos? Ou assumiram que a criatividade brasileira daria um jeito, como sempre?

Especialistas em política internacional já estão coçando a cabeça. É extremamente raro – para não dizer inédito – um diplomata de um país não envolvido diretamente na organização fazer um alerta tão público e contundente. Isso ou é um ato de grande coragem cívica… ou um cálculo político magistral.

A verdade é que o relógio não para. 2025 está logo ali, e a máquina diplomática é lenta. Qualquer decisão de mudar a sede precisa ser tomada agora, ontem mesmo. O mundo está de olho, e o prestígio do Brasil na arena ambiental está em jogo. Vamos esperar para ver se essa bomba vai ecoar pelos corredores da ONU ou se vai ser abafada num arquivo esquecido.