
Numa virada que deixou meio mundo de queixo caído, o Tribunal Superior Eleitoral botou a mão na massa e decidiu: oito anos de inelegibilidade para Jair Bolsonaro. A notícia, como era de se esperar, ecoou por todos os cantos.
E no meio desse rebuliço todo, quem resolveu dar as caras foi Valdemar Costa Neto, o presidente do PL, partido do ex-mandatário. Num tom que misturava resignação com um certo pragmatismo político, ele soltou a frase: “Temos que acatar”. Simples assim. Nada daqueles discursos inflamados ou ataques furiosos às instituições que alguns talvez esperassem.
Mas calma, isso não significa, nem de longe, um adeus à vida pública do ex-capitão. Longe disso! Costa Neto foi rápido em acrescentar que Bolsonaro segue sendo “o nosso líder” e que a legenda continuará marchando ao seu lado. Parece aquela história de ‘união acima de tudo’, sabe?
E agora, José?
O que essa decisão do TSE representa na prática? Bom, além de tirar Bolsonaro da disputa eleitoral de 2026 – a menos que algo muito improvável aconteça –, joga uma luz forte sobre o futuro do bolsonarismo. Como um movimento político se sustenta sem seu principal nome no páreo?
É uma pergunta de um milhão de dólares, e as respostas, claro, ainda estão sendo costuradas nos bastidores. A estratégia, pelo que tudo indica, deve ser a de fortalecer ainda mais a base aliada, mantendo a narrativa e a mobilização vivas, mesmo com o general fora do campo de batalha eleitoral.
O recado de Costa Neto, no fim das contas, foi duplo: respeito à decisão da Justiça (pelo menos publicamente) e lealdade inquebrantável à sua principal estrela. Uma jogada de bastidor que tenta equilibrar a corda bamba entre a institucionalidade e a defesa ferrenha de um aliado poderoso.
O tempo, como sempre, vai dizer como essa história vai desenrolar. Mas uma coisa é certa: o tabuleiro político brasileiro acabou de ganhar uma peça a menos, e o jogo ficou muito, muito mais interessante.