Generais em Alerta: Pressão Militar para Impedir Prisão de Bolsonaro em Quartel
Militares pressionam contra prisão de Bolsonaro em quartel

O clima em Brasília está mais pesado do que o habitual — e olha que estamos falando da capital federal, onde a tensão política é praticamente um fenômeno meteorológico local. A notícia que corre nos corredores do poder, e que já vazou para a imprensa, é de que a alta cúpula militar está, digamos, extremamente desconfortável com a possibilidade de Jair Bolsonaro ser preso dentro de um quartel.

Não é exagero. A situação é delicada, pra não dizer explosiva. Fontes próximas ao Palácio do Planalto — daquelas que realmente sabem das coisas — relatam que os comandantes das três Forças travaram conversas francas e diretas com assessores do ex-presidente. A mensagem? Clara como água de coco: evitar a todo custo que uma eventual ordem de prisão seja cumprida em instalações militares.

Por quê? Ah, aí é que está o X da questão. Ninguém quer transformar os quartéis em palco de um espetáculo político-jurídico. Imagine a cena: câmeras de TV, militantes gritando, policiais federais à porta… um verdadeiro circo, com o Exército, a Marinha e a Aeronáutica no papel de picadeiro. Péssimo para a imagem de instituições que prezam — ou pelo menos deveriam prezar — pela neutralidade e discrição.

O jogo de bastidores e o temor de um conflito institucional

Nos grupos de WhatsApp de generais e oficiais da ativa, o assunto domina as conversas. Há quem defenda que abrigar Bolsonaro seria um erro histórico; outros, mais alinhados ao bolsonarismo, veem a medida como uma traição. O fato é que o alto comando parece ter chegado a um consenso: não dá para misturar alhos com bugalhos. Ou, em termos menos populares: a caserna não pode ser confundida com um refúgio para figuras políticas em apuros.

E não se engane: isso não significa que os militares estejam virando as costas para o ex-presidente. Longe disso. A preocupação é, sobretudo, com as próprias Forças Armadas — com sua imagem, sua credibilidade perante a sociedade e, claro, sua relação com outros Poderes da República.

Afinal, o que aconteceria se a Polícia Federal chegasse a um quartel com um mandado de prisão e fosse barrada? O cenário é digno de roteiro de filme — do tipo que ninguém quer ver na vida real.

E agora, José? Para onde iria Bolsonaro?

Se não no quartel, onde? Essa é a pergunta de um milhão de dólares que ronda o entorno do ex-presidente. Sua equipe jurídica, que já trabalha a todo vapor, certamente avalia todas as opções — e os riscos de cada uma.

Algumas possibilidades:

  • Resistência simbólica: Um gesto de força, mas que pode custar caro no tribunal da opinião pública;
  • Entrega discreta: Evita holofotes, mas pode ser interpretada como fraqueza pela base mais radical;
  • Recursos e mais recursos: A velha tática de procrastinar até onde der — e no Brasil, como sabemos, a justiça pode ser morosa.

Enquanto isso, o país observa. E espera. Com uma pitada de apreensão e outra de curiosidade mórbida. Porque, convenhamos, são tempos estranhos — daqueles que a gente nem imagina que vai viver, até que vive.

Uma coisa é certa: os próximos capítulos prometem. E como.