
Um aliado próximo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a decisão do chefe do Executivo paulista de não confrontar diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi acertada e estratégica. Segundo a fonte, Tarcísio 'não é burro' e entende que um embate público com o magistrado poderia gerar desgaste desnecessário.
O comentário surge em meio a tensões políticas entre o STF e setores do governo estadual. Apesar de críticas veladas, Tarcísio tem evitado ataques frontais ao ministro, que recentemente tomou decisões impactando a administração paulista.
Estratégia política calculada
O aliado, que preferiu não se identificar, destacou que o governador está adotando uma postura pragmática: 'Ele sabe que Moraes tem poder de fogo e que brigar com o Supremo não traz benefícios. É melhor negociar nos bastidores', explicou.
Analistas políticos concordam que a abordagem cautelosa pode ser vantajosa para Tarcísio, que busca consolidar sua imagem nacional sem se envolver em polêmicas judiciais. O governador, que já ocupou cargos no governo federal, conhece bem os riscos de confrontar o Judiciário.
Cenário político delicado
A relação entre Executivos estaduais e o STF tem sido tensa em diversos fronts. No caso de São Paulo, especificamente, decisões sobre segurança pública e orçamento criaram atritos, mas o governador optou por contorná-los sem alarde.
Especialistas apontam que, em ano eleitoral municipal, a estratégia de Tarcísio visa preservar capital político. 'Ataques ao Supremo mobilizam a base, mas afastam eleitores moderados', avalia um cientista político consultado.