
E aí, o circo político brasileiro continua armando mais uma confusão das boas. Dessa vez, o protagonista é ninguém menos que Eduardo Bolsonaro — aquele mesmo — e uma treta envolvendo supostas manobras criativas no plenário.
O PT, sempre atento, resolveu meter o bedelho — e como! — no Supremo Tribunal Federal. A jogada? Questionar a nomeação do deputado como segundo vice-líder do PL na Câmara. Sabe o que é pior? A alegação é que o partido nem teria direito a essa vaga. Isso mesmo, uma liderança que, segundo eles, não passaria de uma fantasmagoria política.
Não é de hoje que o termo “liderança fantasma” ronda os corredores do Congresso. A prática, vamos combinar, não é exatamente novidade, mas quando envolve um sobrenome como Bolsonaro, a coisa esquenta rápido. O PT alega, com certa dose de razão, que a nomeação fere o regimento interno da Casa — e olha, regimento é pra ser cumprido, né?
Mas qual é a treta, no fundo?
Pelo que tudo indica, a bancada do PL, comandada pelo experiente Altineu Côrtes, teria indicado Eduardo para a função mesmo sem ter direito a uma terceira vaga na liderança. O regimento é claro: cada partido ou bloco tem direito a um líder e a até dois vice-líderes. Ponto. Inventar um terceiro é — pasmem — furada.
Eduardo, que já é primeiro secretário da Mesa Diretora, agora acumularia mais essa função. Acumulação de cargos? Soa familiar? Pois é.
O PT não perdeu tempo. Foi direto ao STF, por meio de seu líder na Câmara, Zeca Dirceu, pedindo que a nomeação seja anulada. Na petição, o partido argumenta, com todas as letras, que a manobra “ferra com o equilíbrio institucional e distorce a representação partidária”. E faz sentido, não faz?
E o STF nisso tudo?
Cabe ao Supremo decidir se a jogada do PL vale ou não. Se for considerada irregular, Eduardo pode ter que abrir mão do cargo — o que seria mais um capítulo nessa novela que já tem vários.
Enquanto isso, a oposição segue de olho. E a gente aqui, de pipoca na mão, esperando o próximo capítulo.
Política brasileira: nunca um dia de tédio.