
O clima no Planalto está mais tenso que torcedor no clássico Fla-Flu. Alexandre Padilha, líder do PT na Câmara, decidiu jogar gasolina na fogueira política ao pedir que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proíba governadores de contratar ninguém menos que Eduardo Cunha.
Sim, aquele Eduardo Cunha. O ex-deputado que virou sinônimo de escândalo na Lava Jato e hoje tenta – pasmem! – se reinventar como consultor. Parece piada, mas não é.
O recado foi dado (e como!)
Padilha não usou meias palavras. Em ofício enviado ao STF, o petista argumenta que a contratação do ex-presidente da Câmara por estados seria um "escárnio à Justiça". E olha que ele nem mencionou o fato de Cunha ter sido condenado a mais de 20 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Detalhe, não?
O líder do PT foi direto ao ponto:
- Governadores estariam "flertando com a ilegalidade"
- Contratações beneficiariam "condenado por crimes graves"
- Situação criaria "precedente perigoso" para a administração pública
E os governadores? Calados como estátua
Até agora, nenhum dos possíveis interessados em contratar Cunha – e sabe-se lá por quais motivos – se manifestou. Ficam todos fazendo aquela cara de paisagem, como se não soubessem de nada. Conveniente, não?
Enquanto isso, nas redes sociais, a polêmica esquenta mais que churrasco de domingo. De um lado, os que apoiam Padilha e dizem que é "um absurdo sem tamanho". Do outro, os que defendem que Cunha "já pagou pelo que fez".
E você, de que lado está nessa novela que mistura política, justiça e uma pitada generosa de polêmica?