Motta Barra Fora: Presidente da Câmara Nega Cargo Fantasma a Eduardo Bolsonaro
Motta barra cargo fantasma para Eduardo Bolsonaro

Pois é, a política brasileira nunca para de surpreender. E dessa vez a trama envolve ninguém menos que o clã Bolsonaro tentando dar mais um jeitinho nos corredores do poder. Só que a coisa não saiu como planejado – longe disso.

O que estava rolando nos bastidores? Uma articulação, digamos, ousada. O presidente da Câmara, Marcos Rogério, de mãos dadas com o todo-poderoso Arthur Lira, resolveu bancar os criativos. A ideia era transformar Eduardo Bolsonaro numa espécie de "líder fantasma" do partido Republicanos. Um cargo inventado, sem função oficial, mas que daria ao deputado uma bela grana extra e – claro – mais influência.

Mas aí entra em cena Mendonça Filho, o vice-líder do Republicanos. E olha, ele não comprou a ideia nem a preço de banana. Na verdade, barrou o esquema na hora. Foi um não redondo, sem rodeios. A justificativa? Uma só: o partido simplesmente não precisa de mais um líder. Ponto final.

O Jogo de Poder que Não Colou

É aquela velha história. Quando a motivação é puramente política, sem um pingo de necessidade real, a coisa fede. E o Mendonça Filho percebeu o cheiro de longe. A manobra era claramente uma forma de agradar a ala bolsonarista, uma moeda de troca no jogo de interesses que sempre domina Brasília.

Mas pense comigo: criar um cargo do nada? Só para beneficiar um parlamentar específico? Isso não cola mais, ainda mais num cenário político onde todos estão de olho. A negativa de Mendonça Filho foi um balde de água fria na articulação de Rogério e Lira, mostrando que mesmo no centrão há limites – ou pelo menos, uma certa vergonha na cara.

O resultado? Eduardo Bolsonaro ficou a ver navios. Sem o cargo de líder fantasma, sem a grana extra e sem a influência que tanto almejava. Mais uma prova de que, na política, nem sempre os planos mais astutos saem do papel.

E Agora, José?

O que essa história nos ensina? Que o presidencialismo de coalizão, com seus acordos e trocas de favores, ainda é um campo minado. Mas também mostra que há figuras dispostas a frear excessos, mesmo que por interesses próprios. Mendonça Filho, ao barrar a manobra, mandou um recado claro: nem tudo é negociável.

Fica a lição: em Brasília, até as sombras são disputadas. Mas algumas portas, mesmo que entreabertas, podem ser fechadas de um golpe só. E dessa vez, foi o plano para alavancar Eduardo Bolsonaro que ficou pelo caminho.