Moraes Aciona PGR: PF na Casa de Bolsonaro Gera Novo Capítulo na Crisе Política
Moraes pede opinião da PGR sobre PF na casa de Bolsonaro

E aí, o Brasil político não sai do furo, não é mesmo? Dessa vez, a bola da vez é mais um capítulo da novela que parece não ter fim. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, resolveu dar um passo que pegou muita gente de surpresa.

Na tarde desta terça-feira (27), ele simplesmente encaminhou um ofício direto para a PGR – isso mesmo, a Procuradoria-Geral da República – pedindo uma opinião formal sobre aquela operação da Polícia Federal que aconteceu na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lembra disso? Pois é, o assunto ainda rende.

Não foi um pedido qualquer, não. Moraes quer saber, na visão da Procuradoria, se tudo foi feito nos conformes – ou seja, se a atuação dos agentes federais seguiu a risca o que manda a lei. E olha, o timing não poderia ser mais interessante. O país ainda está digerindo as cenas dos policiais entrando na residência do ex-mandatário.

O que está por trás do pedido?

Bom, a questão central – e todo mundo está se perguntando isso – é o que motiva um pedido desses. Seria uma jogada de cautela? Um sinal de que o ministro quer cobrir todas as bases antes de qualquer decisão? A verdade é que o STF, sobretudo com Moraes no comando de investigações sensíveis, tem agido com uma meticulosidade que deixa muitos de cabelo em pé.

O ofício foi endereçado diretamente ao procurador-geral da República, João Campos e Silva. E não se engane: isso aqui não é mera formalidade. Um pedido de manifestação da PGR num caso de tamanha envergadura sinaliza que o ministro quer um aval, ou pelo menos uma análise técnica, de outro polo do sistema de Justiça.

Isso evita – ou tenta evitar – aquela velha acusação de que tudo está nas mãos de uma só pessoa. É como se ele dissesse: “calma, vou ouvir todo mundo antes de seguir adiante”. Esperto, não?

O clima por trás das câmeras

Fontes próximas ao Planalto comentam, sob condição de anonimato (óbvio), que a movimentação foi recebida com uma mistura de alívio e apreensão. Alívio porque sinaliza transparência; apreensão porque ninguém sabe ao certo qual será o tom da resposta da PGR.

E não para por aí. Juristas já começam a especular sobre os possíveis desdobramentos. Se a Procuradoria entender que a operação teve vícios, a coisa pode voltar para a estaca zero. Se endossar a legalidade, Moraes ganha um importante reforço para eventuais decisões futuras.

Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização segue firme e forte. De um lado, os apoiadores do ex-presidente comemoram a iniciativa como uma possível abertura para contestar a ação. Do outro, críticos veem o movimento como mais uma demonstração de que o sistema está funcionando – devagar, mas funcionando.

Uma coisa é certa: o Brasil não tira os olhos desse caso. E agora, com a PGR oficialmente no tabuleiro, o jogo ficou ainda mais interessante.