
Era uma situação que já durava meses, mas que finalmente chegou ao fim — e não sem certa dose de tensão. Na tarde desta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a desocupação do acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente à sede do tribunal, em Brasília.
Não foi exatamente uma surpresa. O local, que virou ponto de encontro de bolsonaristas desde as eleições de 2022, já estava no radar das autoridades há tempos. Mas a decisão de Moraes — seca e direta — pegou alguns de surpresa. Afinal, o acampamento resistiu a chuvas, protestos e até a mudança de governo.
Como tudo aconteceu?
Segundo fontes próximas ao STF, a ordem partiu depois de uma análise minuciosa. Moraes avaliou que a permanência do grupo representava "risco à segurança e ao funcionamento normal do Poder Judiciário". Nada muito diferente do que já se imaginava, mas a formalização veio com peso de decisão judicial.
Ah, os detalhes! A determinação foi enviada para a Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados — sim, aquela mesma que cuida da segurança do Congresso. Por que? Porque boa parte dos manifestantes eram… adivinha? Parlamentares aliados de Bolsonaro. Ironia ou estratégia?
E a reação?
Não demorou muito para as redes sociais pegarem fogo. De um lado, os apoiadores do ex-presidente chamando a decisão de "autoritária". Do outro, quem defendia que a medida era necessária para "resguardar a institucionalidade". Entre os dois extremos, muita gente se perguntando: por que só agora?
Alguns deputados chegaram a prometer resistência, mas no fim… bem, no fim a ordem foi cumprida. Aos poucos, as barracas começaram a ser desmontadas, os cartazes recolhidos. Uma cena quase melancólica para quem acompanhou meses de discursos inflamados naquele mesmo local.
E agora?
O STF volta a respirar aliviado — pelo menos por enquanto. Mas a história não acaba aqui. Esse episódio é só mais um capítulo na longa novela entre o Judiciário e o bolsonarismo. E se tem uma coisa que a política brasileira nos ensinou nos últimos anos, é que quando um palco esvazia, outro sempre aparece.
Enquanto isso, Brasília segue seu ritmo. O Plano Piloto testemunhou mais um dia de tensão, mas amanhã o sol nascerá sobre uma Esplanada dos Ministérios um pouco mais vazia. Será que por muito tempo?