Justiça exige relatório urgente sobre crise na Polícia Civil do Tocantins e possibilidade de concurso
Justiça cobra relatório sobre crise na Polícia Civil do TO

O cenário da segurança pública no Tocantins está sob os holofotes da Justiça — e não é para menos. Num movimento que mistura cobrança com urgência, um juiz decidiu botar o pé no acelerador e exigir respostas claras do governo estadual. A ordem? Apresentar, num prazo que não dá para enrolar, um relatório detalhado sobre a situação atual da Polícia Civil.

Não é segredo pra ninguém que os agentes estão trabalhando no limite — quando não além dele. E o que o magistrado quer saber, com todas as letras, é se existe verba sobrando (ou não) para abrir um concurso público. Afinal, de que adianta ter leis se não tem gente pra aplicar elas, né?

O que está em jogo?

Pra entender a encrenca, tem que voltar alguns passos. A Polícia Civil do TO — assim como em vários cantos do Brasil — vive aquela montanha-russa de problemas: falta de efetivo, equipamentos defasados e, claro, aquele orçamento que nunca parece chegar onde deveria. O juiz, de olho nisso, basicamente deu um ultimato: "Chega de jogar pra torcida. Mostrem as cartas."

  • Prazo apertado: O governo tem só 15 dias para entregar o documento
  • O que deve ter no relatório: Dados sobre efetivo, condições de trabalho e — aqui o pulo do gato — a real possibilidade de um novo concurso
  • Pano de fundo: Sindicato vinha pressionando por medidas emergenciais há meses

E olha que interessante: a decisão judicial saiu quase que em resposta a um pedido do Ministério Público, que tava de orelha em pé com as denúncias de sobrecarga. "Tá difícil até pra investigar os crimes mais básicos", confessou um delegado que preferiu não se identificar — medo de represálias, sabe como é.

E agora?

Se tem uma coisa que todo mundo concorda — menos talvez o governo — é que o timing não poderia ser pior. Com índices de criminalidade subindo feito foguete na região, a falta de policiais civis virou uma espécie de "beco sem saída". Sem falar naquela velha história: concurso público não se faz da noite pro dia. Mesmo se liberarem as vagas amanhã, os novos agentes só devem pisar nas delegacias daqui a... bem, você faz as contas.

Enquanto isso, nas ruas, a população fica nesse jogo de "esperar pra ver". Será que dessa vez vai? Ou é mais um capítulo daquela novela que todo mundo já cansou de assistir? O juiz, pelo menos, parece disposto a não deixar a peteca cair. Resta saber se o governo vai pegar a dica — ou se vai precisar de mais um puxão de orelhas judicial.