Casa Branca adverte STF: Gleisi Hoffmann rebate com ironia e alerta para soberania nacional
Gleisi rebate Casa Branca sobre interferência no STF

Eis que do outro lado do hemisfério, a Casa Branca resolveu dar pitaco nos assuntos internos do Brasil — e a reação não demorou. Gleisi Hoffmann, aquela que comanda o PT nacional, soltou o verbo com uma mistura de ironia fina e alerta severo.

A coisa toda começou quando Karine Jean-Pierre, porta-voz do governo Biden, soltou uma daquelas declarações que beiram a interferência direta. Durante coletiva de imprensa, ela mencionou — sem meias palavras — que os Estados Unidos estariam "monitorando de perto" o julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Não contente com a observação passiva, Jean-Pierre ainda acrescentou que "a comunidade internacional" poderia ter... reações. Um eufemismo diplomático para dizer que o Brasil poderia enfrentar consequências.

O que disse Gleisi?

A petista não perdeu tempo. Nas redes sociais, publicou uma resposta que misturava indignação genuína com aquela sarcasmo político que conhecemos bem.

"A soberania brasileira não está à venda nem está disponível para avaliação internacional", disparou. E completou, não sem ironia: "Talvez estejam confundindo o Brasil com algum protetorado do século XIX".

Mas Hoffmann foi além da troca de farpas. Ela lembrou — e isso é crucial — episódios recentes onde o próprio governo norte-americano enfrentou críticas sobre sua independência judicial. "Quem vive em casa de vidro não deveria atirar pedras nos outros", arrematou.

O contexto que importa

O julgamento em questão no STF trata de temas sensíveis que envolvem figuras políticas de alto escalão. Especula-se — embora nada confirmado — que possa afetar interesses internacionais.

O Itamaraty já se movimenta nos bastidores. Fontes próximas ao Palácio do Planalto indicam que a chancelaria brasileira deve emitir uma nota formal repudiando as declarações estadunidenses.

O que mais choca os analistas é o timing. As relações Brasil-EUA vinham num clima de... cordialidade cautelosa, digamos. Este episódio joga uma pá de cal nessa frágil estabilidade.

Restam dúvidas: seria uma declaração infeliz isolada? Ou um sinal deliberado de que os EUA pretendem aumentar a pressão sobre o judiciário brasileiro?

Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização se acentuou. A direita aplaude a "supervisão internacional", a esquerda fala em "neoimperialismo". O Brasil, mais uma vez, se divide ao meio.

Uma coisa é certa: a soberania nacional não se negocia. E quando vem de fora, a reação tende a ser imediata — como Gleisi Hoffmann demonstrou com maestria.