
O placar do Supremo virou um campo minado nesta quarta-feira. Enquanto a maioria seguia o voto de Alexandre de Moraes como um rebanho obediente, Luiz Fux decidiu ser o carneiro desgarrado — e que carneiro!
Num movimento que deixou até os mais veteranos do STF de queixo caído, Fux simplesmente jogou um balde de água fria nas restrições impostas por Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro. "Não vejo fundamento", soltou, com aquele ar de quem acabou de descobrir que o rei está nu.
O voto que abalou os alicerces
Parecia mais um dia qualquer no Supremo — até que Fux resolveu acender o pavio. Seu voto divergente foi tão inesperado quanto encontrar um flamenguista no meio da torcida do Fluminense. E olha que o ministro nem costuma ser do tipo que gosta de fazer ondas.
"Aqui não se trata de defender A ou B", disparou Fux, com a voz mais calma do que um iogue em meditação profunda. "Trata-se de defender princípios." E nessa, ele basicamente chamou a decisão de Moraes de... bem, digamos que "pouco ortodoxa".
O que está em jogo?
- Moraes queria manter Bolsonaro longe das redes sociais como se fosse adolescente punido
- Fux rebateu: "Isso aí é censura disfarçada de cautela"
- O placar ficou 8×1 — mas esse 1 ecoou como um grito no vácuo
Os ânimos no plenário ficaram mais tensos que corda de violino em show de rock. Alguns ministros sequer disfarçaram o desconforto, mudando de posição na cadeira como se estivessem sentados em cima de formigas.
E agora? Com essa rachadura exposta, o STF parece ter virado um navio com dois capitães — e cada um puxando o leme para um lado. Enquanto isso, lá fora, os apoiadores de Bolsonaro comemoram como se tivessem ganho na loteria, e os críticos do ex-presidente mordem os lábios até sangrar.
Uma coisa é certa: o baile no Supremo está longe de terminar. E Fux, que até então era visto como figurante nesse drama político, acabou de roubar a cena — pelo menos por hoje.