O placar político esquentou de verdade nesta quarta-feira, e o juiz da partida foi ninguém menos que o ministro Dias Toffoli. Num lance que pegou todo mundo de surpresa, ele simplesmente travou aquelas decisões bombásticas do TRF-4 que estavam anulando processos da operação Lava Jato. A justificativa? Diz ele que a coisa toda precisa de um “debate mais aprofundado” no plenário da Suprema Corte. Não foi um não, mas também não foi um sim. Foi um “calma aí, gente”.
E como se não bastasse a confusão no Judiciário, o Congresso resolveu entrar na dança. A tal da PEC 13/2024, que basicamente perdoa dívidas de estados e municípios, deu mais um passo à frente. Aprovada na comissão especial, ela agora segue para o plenário da Câmara, e olha, a discussão promete ser daquelas: acalorada, com direito a bate-boca e muita retórica sobre justiça fiscal. Os governadores, claro, estão comemorando. Quem paga a conta, bem, esse é um detalhe que fica para depois.
E a Economia? Como Fica?
Enquanto os políticos se degladiam, o cidadão comum segue olhando para o bolso. E a prévia do IPCA-15 de setembro não trouxe exatamente um alívio. A inflação oficial ficou em 0,27%, puxada—adivinhem—pelos alimentos e pela conta de energia elétrica. Parece que o básico para viver não para de subir, não é mesmo?
Mas nem tudo são más notícias. O comércio exterior deu uma respirada. A balança comercial registrou um superávit de nada menos que US$ 8,44 bilhões só na primeira semana de setembro. Um alento, ainda que tênue, em meio a tanta incerteza.
No fim das contas, o dia foi a mais pura representação do Brasil atual: uma mistura de esperança, controvérsia e uma pitada de crise, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Fique de olho, porque essa novela está longe de acabar.
