Anistia aos envolvidos em 8 de janeiro? Líder do governo adia votação e gera tensão no Congresso
Governo adia votação sobre anistia de 8 de janeiro

O clima no Congresso Nacional esquenta — e como! — quando o assunto é a possibilidade de anistiar aqueles que participaram dos lamentáveis eventos de 8 de janeiro. Hugo Motta, que lidera a base governista na Câmara, soltou a bomba: simplesmente não há, repito, não há nenhuma previsão para colocar em votação o projeto que trata do tema.

Numa entrevista que deixou muitos de boca aberta, Motta foi direto ao ponto. "A prioridade absoluta do governo Lula", disparou ele, "é votar a reforma tributária. Ponto final." E complementou, num tom que não deixou margem para dúvidas: "Esse projeto de anistia simplesmente não está na nossa pauta. Não é uma discussão que esteja no nosso radar no momento."

O que está por trás do adiamento?

Ah, a pergunta de um milhão de dólares! A decisão de engavetar — pelo menos por agora — a proposta não vem do nada. Há uma enorme pressão, tanto dentro do Palácio do Planalto quanto entre os parlamentares governistas, para não recompensar com anistia quem tentou derrubar as instituições democráticas. Afinal, que mensagem isso passaria?

Motta, esperto como sempre, lembrou a todos que a prioridade máxima, a que todo mundo precisa correr atrás, é aprovar a reforma tributária. Esse, sim, é o carro-chefe do governo. Qualquer outra coisa, especialmente um tema espinhoso como esse, pode esperar. Ou talvez nem chegue a ser discutido.

E o Congresso, como fica?

Bom, a reação no legislativo foi… digamos, mista. De um lado, parte dos parlamentares — principalmente os mais alinhados com o governo — respira aliviada. Evitar esse debate agora é uma estratégia política inteligente, que previne uma nova crise e desvia o foco para a agenda econômica.

Por outro, os defensores da anistia não ficaram nem um pouco contentes. Eles argumentam, veementemente, que adiar o tema é ignorar um debate necessário sobre justiça e reconciliação — ainda que muitos na praça achem essa ideia simplesmente absurda.

O fato é que o governo, por meio de seu líder, mandou um recado claro: temas que remetem aos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro não serão tratados com urgência. O foco é outro. O resto? O resto fica para depois. Se é que fica.

Enquanto isso, Brasília segue seu ritmo peculiar. O assunto esfria na boca do povo, mas a tensão política continua pairando no ar. Todos sabem que, cedo ou tarde, essa conversa vai voltar à tona. Mas, pelo visto, não será tão cedo.