Ministros debatem sistema de precedentes judiciais em Ribeirão Preto: o que muda na Justiça?
Debate sobre precedentes judiciais reúne ministros em Ribeirão

Numa daquelas reuniões que podem mudar os rumos do Poder Judiciário, ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) botaram o pé na estrada e foram parar em Ribeirão Preto. O assunto? Aquela velha discussão sobre precedentes judiciais que todo mundo fala, mas poucos realmente entendem.

O evento — que rolou no Tribunal de Justiça de São Paulo — foi o palco perfeito para um debate acalorado. De um lado, os defensores do sistema que promete "organizar a casa". Do outro, quem teme que a coisa toda vire uma camisa de força para os juízes.

O X da questão

O ministro Mauro Campbell, que não é nenhum novato nesse pedaço, soltou a pérola: "Precedente não é receita de bolo". A metáfora culinária, diga-se de passagem, fez mais sentido do que muito discurso jurídico por aí.

E não é que o cara tem razão? A discussão lembra aquela velha briga entre quem quer regras claras e quem defende a liberdade de interpretação. Como se fosse um jogo de futebol onde uns querem o VAR pra tudo e outros preferem deixar o juiz decidir na hora.

Os números que assustam

  • Mais de 100 milhões de processos emperrados no Brasil
  • Cada juiz brasileiro responde por cerca de 9 mil casos
  • O sistema atual gera até 40% de decisões contraditórias

Diante disso, será que os precedentes obrigatórios são mesmo a solução mágica? O ministro Raul Araújo, que também marcou presença, foi mais cauteloso: "Não existe bala de prata no Direito".

E o cidadão comum?

Enquanto os doutores discutem teorias, João do Pé de Feijão fica se perguntando: "Isso vai fazer meu processo andar mais rápido ou vai virar mais uma burocracia?".

Pra ser sincero, a resposta não é simples. Se por um lado a padronização pode agilizar, por outro existe o risco de engessamento. Como diria meu avô: "Entre a cruz e a espada, o diabo mora nos detalhes".

O certo é que Ribeirão Preto virou, mesmo que por um dia, o centro das atenções do mundo jurídico nacional. E você, o que acha? Precedentes obrigatórios são solução ou problema?