Eis que a política brasileira ganha mais um capítulo surpreendente — desses que nem o mais criativo roteirista seria capaz de inventar. O ex-presidente Jair Bolsonaro, figura que nunca sai das manchetes, acaba de entrar com um requerimento nada usual perante o Supremo Tribunal Federal.
Parece que a coisa é séria. O pedido, protocolado pela defesa do ex-mandatário, solicita autorização expressa para que Bolsonaro se submeta a um procedimento médico — um exame de sangue, para ser mais exato — no próximo dia 12 de julho. O detalhe? O local escolhido fica em São Paulo, no famoso Hospital Albert Einstein.
Não é de hoje que a saúde do Bolsonaro vira tema de conversa nos corredores do poder. Lembram daquela facada em Minas Gerais, em 2018? Pois é, o assunto sempre volta à tona. Desta vez, a justificativa apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, menciona justamente "sequelas do atentado sofrido" durante aquela campanha eleitoral conturbada.
O timing, convenhamos, é no mínimo curioso. O requerimento chega poucos dias após o Tribunal Superior Eleitoral manter a condenação que tornou Bolsonaro inelegível até 2030. Coincidência? Muita gente por aí levanta a sobrancelha desconfiada.
O documento judicial, que tive acesso, é claro como água: "Submeto à apreciação de Vossa Excelência pedido de autorização para que o paciente Jair Messias Bolsonaro realize coleta de exames laboratoriais". A linguagem formal esconde a tensão política que cerca o caso.
E olha que interessante: a defesa argumenta que o exame é necessário para "acompanhamento de alterações hematológicas" — termo médico que, traduzindo para o português claro, significa que tão verificando se o sangue do homem tá tudo em ordem depois daquela facada histórica.
O Hospital Israelita Albert Einstein, escolhido para o procedimento, não é qualquer um. Considerado um dos melhores do país, é onde a elite brasileira — e vários políticos — costuma se tratar. A escolha do local, claro, também não passa despercebida.
O que me deixa pensando: será que o STF vai liberar? Moraes agora segura nas mãos essa decisão que, convenhamos, vai gerar burburinho não importa o que ele decida. Se negar, vão criticar; se autorizar, também. Dilema dos grandes.
Enquanto isso, nas redes sociais, os apoiadores do ex-presidente já começaram a campanha — #SaúdeDoBolsonaro tá trending topic em alguns cantos do Twitter. A oposição, como era de se esperar, questiona o timing mais do que conveniente.
Resta esperar para ver como essa novela vai desenrolar. Uma coisa é certa: no Brasil, até exame de sangue vira caso de Estado. E a gente aqui, de pipoca na mão, acompanhando mais esse episódio da nossa política que nunca decepciona quem gosta de drama.
