Barroso faz declaração contundente: 'Na ditadura é que não havia processo legal'
Barroso: "Na ditadura não havia processo legal"

Numa daquelas falas que ecoam pelos corredores do poder, o ministro Luís Roberto Barroso soltou o verbo com uma comparação que deixou muita gente pensativa. E não foi sobre qualquer assunto trivial - a discussão girava em torno daqueles processos que parecem nunca ter fim, sabe?

O cenário era uma sessão plenária do Supremo, dessas que parecem intermináveis. Barroso, com aquela calma típica de quem já viu de tudo, disparou: "O problema não é a transparência, muito pelo contrário". E arrematou com uma pérola: "Na ditadura é que não havia processo legal e transparente".

E não é que ele tem razão? Nos anos de chumbo, a coisa funcionava nos cantos escuros, às sombras. Hoje? Bem, hoje a luz incomoda alguns, mas é sinal que estamos vivendo em democracia.

O contexto que muitos preferem ignorar

A discussão toda começou por causa daquele jargão batido de "lawfare" - termo importado que alguns tentam plantar por aqui como se fosse mato bravo. Barroso, com a paciência de professor de cursinho, explicou: perseguição política mesmo a gente conhece bem, e não é de hoje.

"A gente sabe o que é perseguição política no Brasil", disse ele, com aquela voz que mistura cansaço e sabedoria. E completou: "Não é com 50, 60 testemunhas e 20 anos de processo". Quer dizer... o excesso de transparência até atrapalha quem quer fazer acusação sem prova, né?

O elefante na sala

O ministro lembrou um detalhe que muita gente convenientemente esquece: processos contra autoridades existem em qualquer democracia que se preze. A diferença? Nos países sérios, eles seguem regras claras - começam, têm andamento e, mais importante, terminam.

E aqui? Bem, aqui a gente ainda patina nessa cultura de protelar até a morte. Barroso cutucou a ferida: "O problema do Brasil não é a transparência, mas a delongação". Quer dizer... o processo até existe, mas parece aquela novela das nove que nunca acaba.

Um banho de realidade histórica

Quando o ministro puxou o fio da memória, a coisa ficou ainda mais interessante. Ele lembrou que na época do regime militar, os "julgamentos" eram aquela coisa rápida e suja - quando existiam, claro.

"Não havia processo legal", disparou Barroso, com a autoridade de quem estudou profundamente nosso passado sombrio. E complementou: "Não havia processo transparente". Era tudo nos porões, à meia-luz, sem direito a defesa ou contraditório.

E o mais irônico? Hoje temos todos os instrumentos democráticos, mas alguns insistem em agir como se ainda estivéssemos na idade das trevas jurídicas. Dá pra acreditar?

O recado ficou claro

No final das contas, a mensagem do ministro foi cristalina: em vez de ficar inventando teorias conspiratórias importadas, que tal a gente focar em melhorar o que realmente precisa?

  • Agilizar os processos
  • Garantir o direito de defesa
  • Manter a transparência
  • E, principalmente, valorizar a democracia que conquistamos a duras penas

Como bem lembrou Barroso, já passamos da época em que as coisas se resolviam na base do "você sabe com quem está falando?". Hoje, a lei vale para todos - ainda que alguns teimem em não aceitar essa realidade.

E aí? Vamos continuar reclamando da transparência ou finalmente encarar que o problema está em outra parte? A pergunta ficou no ar, ecoando entre os tapetes vermelhos do Supremo.