
Numa daquelas análises que a gente só ouve de quem realmente entende do riscado, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, soltou o verbo sobre o julgamento dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. E foi claro como água: aquele processo foi um verdadeiro divisor de águas na história jurídica do país.
Numa palestra cheia de insights para alunos de direito, Barroso deu uma aula sobre como a Justiça precisa funcionar – sem paixões, sem viés político, apenas com base na lei. "O tribunal manteve postura estritamente técnica", afirmou, cortando pela raiz qualquer alegação de que houve perseguição nas decisões.
O peso das provas e o rigor técnico
O ministro foi taxativo: todas as condenações foram fundamentadas em provas robustas e no mais puro respeito ao devido processo legal. Cada sentença, cada votação, cada argumento – tudo meticulosamente construído sobre pilares jurídicos sólidos.
E olha que ele foi enfático: não havia espaço para improvisos ou achismos. O que prevaleceu foi a força das evidências e o compromisso inegociável com a Constituição.
Um recado claro sobre lawfare
Barroso não fugiu do assunto espinhoso. Diante das acusações de lawfare – aquela velha história de usar a lei como arma política –, ele foi direto: "não há qualquer fundamento".
Segundo o ministro, o que alguns tentam chamar de perseguição não passa de aplicação rigorosa da lei perante crimes graves e comprovados. Nada mais, nada menos.
E aqui vai um ponto crucial: o Supremo manteve coerência absoluta em todos os julgamentos. Não importava posição política, ideologia ou poder econômico – o que valia era a conduta de cada um durante os ataques aos prédios públicos.
O legado para a democracia brasileira
Barroso não esconde a importância histórica daquele julgamento. Na visão dele, as decisões representaram um marco na defesa da democracia – um recado cristalino de que tentativas de ruptura institucional não serão toleradas.
E tem mais: todo o processo serviu para reforçar a credibilidade do Poder Judiciário. Mostrou que as instituições funcionam, mesmo sob pressão extrema, e que ninguém está acima da lei.
No final das contas, a fala de Barroso ecoa como um lembrete poderoso: a Justiça precisa ser blindada de influências externas. Sua única bandeira deve ser a lei – sempre.