Alcolumbre vs. Eduardo Bolsonaro: O Clima Esquentou no Senado e Expôs Fragilidade do Governo
Alcolumbre critica Eduardo Bolsonaro e abala base governista

Parece que o clima em Brasília esquentou de verdade — e não é por causa do tempo seco do planalto. O senador Davi Alcolumbre, um nome que até então transitava com certa discrição nos corredores do poder, resolveu subir o tom e mirar suas críticas diretamente em Eduardo Bolsonaro.

E não foram críticas de praxe, daquelas que se dissipam no ar antes mesmo de chegar à imprensa. Foram palavras duras, precisas, que ecoaram como um alerta — ou melhor, um recado — ao Palácio do Planalto.

O estopim: o que motivou a reação de Alcolumbre?

Tudo começou com declarações recentes do deputado Eduardo Bolsonaro, que insinuou — com aquela lábia típica de quem acha que impunidade é virtude — que o Executivo estaria acima de certas… como dizer… conveniências democráticas.

Alcolumbre, então, não se conteve. E olha, pra quem conhece o ritmo usually lento do Senado, a fala dele foi quase um terremoto. Disse, com todas as letras, que o governo não pode ignorar o Legislativo — e que Eduardo, ao menosprezar instituições, estava na verdade enfraquecendo o próprio governo que defende.

Não é todo dia que um aliado — ou ex-aliado? — solta uma dessa. A pergunta que fica é: será que foi um rompimento definitivo ou apenas um puxão de orelhas estratégico?

E as consequências? Ah, elas já começaram.

O discurso de Alcolumbre escancarou uma fissura que muitos suspeitavam, mas poucos ousavam comentar. A base governista, aquela que parecia monolítica nas manchetes de jornal, na verdade está cheia de arestas — e umas bem cortantes, diga-se.

Aliados de longa data agora olham de lado. Líderes partidários que antes apoiavam sem questionar começam a… bem, a questionar. E no meio disso tudo, o Planalto parece ter acordado em posição desconfortável: a de quem perdeu o controle da narrativa.

Não é exagero dizer que Alcolumbre, com uma só entrevista, redefiniu o jogo de poder nas altas esferas — e botou a relação entre Executivo e Legislativo numa gangorra perigosa.

O que vem pela frente? Dificilmente paz. Muito provavelmente mais atritos. E, quem sabe, uma reconfiguração inteira de alianças.

Como diria um antigo político brasileiro: “No Congresso, como no futebol, o jogo só termina quando o juiz apita.” E pelo visto, ainda estamos no primeiro tempo.