
Parece que virou moda, mas ninguém está gostando do figurino. A Guarda Civil Municipal de Araraquara vive dias de turbulência extrema, daquelas que deixam até os mais experientes de cabelo em pé. E não é para menos: uma sucessão de eventos está transformando a corporação em um verdadeiro campo minado.
Tudo começou — ou melhor, explodiu — na última quinta-feira. De repente, cinco guardas civis foram exonerados. Sim, cinco! Um verdadeiro terremoto institucional. Entre os dispensados estava ninguém menos que o segundo em comando, o subcomandante Alexandre Augusto Pires. Algo estava claramente fedendo, e não era o queijo da região.
O estopim: denúncia que acendeu o pavio
Ah, mas tem sempre um mas. Dias antes desse verdadeiro tsunami administrativo, uma denúncia anônima chegou às mãos da Controladoria Geral do Município. O conteúdo? Acusações sérias de assédio moral dentro da corporação. Coisa feia, daquelas que mancham qualquer instituição.
O alvo das acusações era justamente o então comandante, José Carlos de Souza. Segundo a denúncia — que ainda está sendo apurada, é bom deixar claro —, ele teria criado um ambiente de trabalho tóxico, com humilhações públicas e pressão psicológica. Um verdadeiro inferno astral para os guardas.
Mudanças em cadeia: o novo chefe entra no olho do furacão
Enquanto a Controladoria se debruça sobre as acusações, a prefeitura decidiu não ficar de braços cruzados. Nomeou imediatamente João Batista de Freitas Júnior como o novo comandante. Imagina pegar um trem andando — e ainda por cima descarrilando? Pois é, essa é a enrascada que o novo chefe herdou.
E não para por aí. Dois outros cargos de confiança também rodaram: o diretor de Divisão Administrativa e Financeira e o diretor de Divisão de Ronda Ostensiva. Uma limpa geral, sinal claro de que a prefeitura quis dar um basta na situação. Ou pelo menos tentar.
O que dizem os envolvidos?
Bom, aqui a coisa fica ainda mais embolada. A assessoria da prefeitura emitiu uma nota dizendo que as exonerações foram "decididas em comum acordo". Sabe aquela história de "pedi para sair"? Pois é, sempre desconfio quando ouvimos isso.
Já o ex-comandando José Carlos de Souza deu uma versão bem diferente. Disse que foi surpreendido com o convite para exoneração — e que aceitou para não criar desgaste político. Conveniente, não? Mas e os guardas que também foram demitidos? Será que todos pediram para sair ao mesmo tempo? Coincidência demais para meu gosto.
O novo comandante, Freitas Júnior, assumiu com discurso de pacificação. Disse que vai "trabalhar para unir a classe" e restaurar a confiança. Boa sorte, guerreiro. Vai precisar.
E agora, José?
Enquanto isso, a investigação segue seu curso. A Controladoria Geral do Município não deu prazo para concluir as apurações — e faz bem, investigação séria não se faz com calendário na mão.
O que resta é uma corporação abalada, guardas apreensivos e uma população que espera que sua segurança não seja afetada por toda essa confusão. Porque no final das contas, são os cidadãos de Araraquara que podem pagar o pato por brigas internas que nunca deveriam ter saído dos corredores da prefeitura.
Uma coisa é certa: essa história ainda vai dar muito pano para manga. E eu, particularmente, vou ficar de olho. Porque quando a poeira baixar, alguém vai ter que responder por esse verdadeiro circo armado.