
Eis que a situação no Caribe esquenta de novo — e dessa vez, a Venezuela decidiu levar a parada para o campo internacional. A Procuradoria-geral do país, sob comando de Tarek William Saab, formalizou um pedido nada amistoso à ONU: que investigue, com urgência, supostos ataques promovidos pelos Estados Unidos contra embarcações venezuelanas em águas caribenhas.
Não é brincadeira não. De acordo com as alegações de Caracas, os norte-americanos estariam por trás de uma série de incidentes navais, incluindo até mesmo — pasmem — o abate de um avião que sobrevoava a área. Sério mesmo.
O contexto por trás da denúncia
Parece história de filme de espionagem, mas é pura geopolítica. A Venezuela alega que os EUA vêm realizando operações militares disfarçadas de exercícios de combate ao narcotráfico. Só que, no meio do caminho, estariam mirando embarcações legítimas, de pescadores ou até da Marinha venezuelana.
— É inaceitável — disse um diplomata que preferiu não se identificar. — Se for verdade, é uma violação clara do direito internacional.
Mas é claro que Washington nega. Como sempre. Diz que age dentro da lei e com transparência. Será?
Os detalhes que incomodam
Além do tal avião abatido — que, convenhamos, já é gravíssimo —, a Venezuela menciona embarcações pesqueiras interceptadas e até ameaças não declaradas a navios mercantes. Tudo isso, dizem, sem justificativa plausível.
- Ataques a pesqueiros em águas internacionais
- Interceptações agressivas de navios da Marinha
- Abate de aeronave de vigilância
Não é de hoje que a relação entre os dois países é mais estrago que concerto. Mas dessa vez, a acusação ganhou contornos formais. E perante a ONU, então? Isso é para valer.
E agora, quem segura esse rojão?
A bola está com o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Eles que terão de decidir se abrem uma investigação formal ou se deixam a poeira baixar sozinha. Mas convenhamos: com EUA no meio, a coisa não será simples.
Enquanto isso, aqui do lado de cá, a gente fica olhando. Torcendo para que a diplomacia fale mais alto — mas desconfiando que, no fundo, o mar do Caribe segue sendo palco de uma guerra silenciosa.
O que você acha? Será que a ONU vai mesmo investigar? Deixa nos comentários — se é que a gente pode comentar algo sobre geopolítica sem levar block.