
O governo de Benjamin Netanyahu enfrenta seu maior desafio desde a formação da coalizão, com grupos ultraortodoxos ameaçando abandonar a base aliada em uma votação crucial nesta quarta-feira (11).
O que está em jogo?
A disputa central gira em torno do projeto de lei que regulamenta o serviço militar obrigatório para estudantes religiosos. Os partidos ultraortodoxos, tradicionalmente aliados de Netanyahu, se opõem ferrenhamente à medida que pode afetar seus privilégios históricos.
Os números da crise
- Governo atual tem 64 das 120 cadeiras no Knesset
- Ultraortodoxos representam 16 assentos cruciais
- Sem seu apoio, Netanyahu perde a maioria parlamentar
Consequências possíveis
Se os partidos religiosos realmente abandonarem a coalizão, Israel poderá enfrentar:
- Queda imediata do governo
- Novas eleições antecipadas
- Instabilidade política prolongada
Analistas políticos destacam que esta é a crise mais séria desde a formação do governo de união nacional em dezembro de 2022. O primeiro-ministro Netanyahu tenta negociar até o último minuto para evitar o colapso de sua administração.
A tensão reflete o dilema histórico entre Estado laico e religioso em Israel, com repercussões que podem alterar o equilíbrio de poder no Oriente Médio.