
E aí, o governo Trump resolveu apertar ainda mais o cerco. Dessa vez, o alvo foram os diplomatas iranianos que vivem nos Estados Unidos. A ordem, direto do Departamento de Estado, é clara e seca: nada mais de passeios em lojas de grife ou descontos em atacadões.
Parece coisa boba, mas a medida – anunciada pelo então secretário de Estado, Mike Pompeo – tem um sabor bem mais amargo do que aparenta. A justificativa oficial? Impedir que o governo iraniano use recursos de forma inadequada, especialmente num momento de tensão máxima entre os dois países. Pompeo, naquele seu estilo característico, foi direto ao ponto: o regime teocrático não pode se dar ao luxo, literalmente, enquanto o povo sofre.
O Que Muda na Prática para os Diplomatas?
Antes, os representantes do Irã podiam fazer suas compras em praticamente qualquer estabelecimento. Agora, a lista de lugares permitidos encolheu drasticamente. Foram proibidos expressamente:
- Lojas de luxo – aquelas marcas que todo mundo conhece, mas poucos podem frequentar.
- Clubes de atacado – como o famoso Costco, onde a economia é grande, mas o acesso, a partir de agora, negado.
- Qualquer outro comércio que venda itens considerados de alto valor ou não essenciais. A definição do que é 'essencial' é que vai dar pano pra manga, pode ter certeza.
Não é só uma questão de imagem, embora também seja. É uma sanção económica de baixo escalão, mas com um simbolismo potente. Um jeito de dizer, sem precisar gritar, que os iranianos não são bem-vindos a participar do 'american way of life' enquanto seus patrões em Teerã seguirem na rota de colisão com Washington.
O Pano de Fundo Geopolítico: Muito Barulho por Quase Nada?
Quem acompanha o noticiário internacional sabe que as relações entre EUA e Irã estão no seu pior momento em décadas. A saída americana do acordo nuclear durante o governo Trump foi só o começo de uma série de provocações mútuas. Essa história de restringir compras pode parecer pequena perto de ameaças militares, mas é mais uma peça no tabuleiro.
Especialistas em diplomacia costumam dizer que essas medidas, aparentemente menores, servem para desgastar o adversário no dia a dia, criando um ambiente de constrangimento e isolamento. É uma guerra de desgaste, só que travada nos corredores de supermercados e vitrines reluzentes. E, convenhamos, é uma jogada de mestre em termos de humilhação pública.
O que esperar daqui para frente? Bom, a bola agora está com o Irã. Será que vão retaliar de alguma forma contra diplomatas americanos em seu território? A história sugere que sim. Essas coisas raramente ficam sem resposta. Enquanto isso, os representantes iranianos em solo americano vão ter que repensar seu estilo de vida – pelo menos até a próxima eleição.