
Numa jogada que pegou muita gente de surpresa - e não foi pouca gente não - o governo Trump resolveu puxar pela memória histórica e citou nossa Independência, aquele 7 de setembro de 1822 que a gente nunca esquece. Mas calma lá que a coisa não para por aí.
Longe de ser apenas uma saudaçãoprotocolares - essas que a gente já tá cansado de ver - a menção veio acompanhada de um recado bem direto: as açõese medidas contra o ministro Alexandre de Moraes não vão arrefecer. Nem um pouquinho.
O que está por trás dessa movimentação?
Bom, pra entender essa história toda, tem que voltar umas casas no tabuleiro. O governo norte-americano, especialmente sob a batuta de Trump, nunca escondeu suas ressalvas em relação a determinadas figuras do Judiciário brasileiro. E Moraes, convenhamos, sempre esteve no centro do furacão.
Não é de hoje que o ministro virou alvo preferencial de críticas dos círculos mais conservadores dos Estados Unidos. A forma como ele conduz certos processos, especialmente os relacionados a investigações sobre fake news e ataques às instituições, parece não ter caído nada bem do outro lado do Equador.
E agora, essa referência à nossa data magna soa quase como um paradoxo. De um lado, reconhecem a importância histórica do Brasil como nação soberana. Do outro, mantêm firme a pressão sobre um dos principais guardiões dessa mesma soberania. Complexo, não?
As implicaçõepossíveis
Especialistas em relações internacionais já começam a especular sobre os reais motivos por trás dessa jogada. Seria uma tentativa de:
- Suavizar as críticas ao interferir em assuntos internos brasileiros?
- Enviar uma mensagem codificada a certos setores políticos do Brasil?
- Ou simplesmente mais um capítulo na política externa imprevisível de Trump?
A verdade é que ninguém sabe ao certo. O que sabemos é que as relações entre países, especialmente potências como os EUA e gigantes em desenvolvimento como o Brasil, nunca são simples. Cada gesto, cada palavra, cada declaração - especialmente vinda de figuras como Trump - carrega camadas e mais camadas de significado.
Enquanto isso, aqui no Brasil, a reação não se fez esperar. De um lado, aqueles que veem nas críticas americanas uma ingerência inaceitável em assuntos internos. De outro, os que aplaudem a pressão internacional sobre o que consideram excessos do Judiciário.
Uma coisa é certa: o ano eleitoral americano promete, e muito, quando o assunto é a relação com o Brasil. E essa última movimentação só confirma que os holofotes internacionais continuam firmes em nossa direção.