Tensão na Ásia: Líder da Tailândia alerta Camboja sobre risco de guerra em disputa territorial
Tailândia alerta Camboja: confrontos podem virar guerra

O clima na fronteira entre Tailândia e Camboja está mais tenso do que um fio de arame farpado prestes a arrebentar. Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, soltou o verbo em um tom que deixou até os diplomatas mais experientes com os cabelos em pé. "Isso aqui não é brincadeira de criança", parece ter sido a mensagem não dita.

O que começou como mais uma das eternas picuinhas territoriais na região — aquelas que todo mundo já perdeu a conta de quantas vezes aconteceram — agora mostra sinais preocupantes de que pode virar uma bola de neve. E quando a gente fala em neve no sudeste asiático, já sabe: é metáfora para problema grande mesmo.

O Xis da Questão

Parece que o caldo entornou de vez quando soldados dos dois países começaram a trocar farpas — e não estamos falando de discussões diplomáticas. Segundo fontes locais, houve confrontos armados na região do templo Preah Vihear, aquele mesmo que já foi motivo de treta na Corte Internacional de Haia em 1962.

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Não é de hoje que essa área é um barril de pólvora — literalmente. Mas dessa vez, o tom do premiê tailandês deixou claro que a paciência está no limite. "Qualquer erro de cálculo pode ter consequências catastróficas", disparou Thavisin, em um recado que soou mais como ultimato do que como discurso diplomático.

E Agora, José?

Enquanto isso, a ONU já deve estar com dor de cabeça só de pensar em mais um conflito para administrar. A comunidade internacional torce para que o bom senso prevaleça, mas — vamos combinar? — ultimamente o bom senso anda meio em falta nas relações internacionais.

Os analistas estão divididos: uns acham que é só mais uma daquelas crises periódicas que nunca passam de ameaças. Outros — esses mais pessimistas — lembram que muitos grandes conflitos começaram exatamente assim, com um "pequeno mal-entendido" entre vizinhos.

Uma coisa é certa: ninguém quer ver a região pegando fogo. Mas como diz o ditado popular tailandês que eu acabei de inventar: "Quando dois elefantes brigam, quem se machuca é o capim". E nesse caso, o capim somos todos nós.