Rússia abandona tratado nuclear histórico: o que isso significa para o mundo?
Rússia deixa tratado nuclear: impactos globais

Eis que o mundo acordou com mais uma notícia que parece saída de um filme de espionagem: a Rússia decidiu, de uma vez por todas, virar as costas para um dos acordos mais importantes da Guerra Fria. O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) — aquele mesmo que ajudou a evitar um apocalipse nuclear nos anos 80 — agora está na geladeira.

O que era esse tratado, afinal?

Imagine dois vizinhos brigando por causa do muro entre suas casas. Em 1987, EUA e URSS (sim, ainda existia) assinaram um "pacto de não agressão" nuclear: nada de mísseis terrestres com alcance entre 500 e 5.500 km. Funcionou por décadas — até que...

Em 2019, os americanos acusaram os russos de trapacear (surpresa!) com um míssil proibido. Trump, na época, já tinha dado o pé na bunda do acordo. Agora, Putin decidiu oficializar o divórcio.

E agora, José?

Especialistas estão com os cabelos em pé. Sem o tratado:

  • A Europa vira um alvo mais fácil para mísseis russos
  • A corrida armamentista pode voltar com tudo
  • Qualquer crise internacional fica mais perigosa

"É como tirar o airbag de um carro em alta velocidade", compara um analista militar que prefere não se identificar. Já pensou?

Mas calma, nem tudo está perdido. O Tratado New START — que limita ogivas nucleares estratégicas — ainda está de pé. Por enquanto. A Rússia já tinha suspendido inspeções, mas tecnicamente o acordo vale até 2026.

O jogo geopolítico

Enquanto isso, a China — que nunca assinou o INF — continua desenvolvendo seus mísseis de médio alcance sem ninguém para encher o saco. Conveniente, não?

E os EUA? Bom, estão entre a cruz e a espada. Por um lado, querem conter a Rússia. Por outro, precisam se preparar para a China. Enquanto isso, a Europa fica ali, no meio do fogo cruzado, tentando não virar cinzas.

Uma coisa é certa: o mundo acabou de ficar um pouquinho mais perigoso. E o pior? Ninguém parece ter um plano B decente na gaveta.