
O procurador-geral da Argentina, Eduardo Casal, apresentou um pedido para que a pena da ex-presidente Cristina Kirchner seja dobrada. A solicitação foi feita ao Tribunal Oral Federal 2, responsável pelo caso conhecido como "Causa Vialidad".
Kirchner já havia sido condenada a seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua em dezembro de 2022, acusada de fraudes na administração pública durante seu governo. Agora, o procurador argumenta que novas provas justificam o aumento da pena.
Os argumentos do Ministério Público
Segundo Casal, a gravidade dos crimes cometidos e o impacto negativo nas finanças públicas argentinas exigem uma punição mais severa. O procurador destacou que:
- As irregularidades causaram prejuízos milionários ao Estado
- Há indícios de que os atos foram premeditados
- A conduta da ex-presidente configurou abuso de poder
Reação da defesa
A equipe jurídica de Kirchner classificou o pedido como "perseguição política" e afirmou que irá recorrer de todas as decisões. Eles alegam que o processo é cheio de irregularidades e serve apenas para prejudicar a imagem da ex-mandatária.
Enquanto isso, os apoiadores de Cristina se manifestaram nas redes sociais, usando hashtags como #CristinaInocente e #PerseguiçãoPolítica.
O que esperar agora?
Especialistas em direito constitucional argentino afirmam que o tribunal deve levar semanas para analisar o pedido. Se aceito, a pena poderia chegar a 12 anos, embora Kirchner continue livre enquanto os recursos não se esgotarem.
Esse caso mantém a Argentina em um tenso clima político, dividido entre apoiadores e opositores do kirchnerismo. A decisão final pode ter impacto nas próximas eleições no país.