PEC da Blindagem emperra no Congresso: desentendimentos e mal-estar de relator travam votação
PEC da Blindagem trava no Congresso; votação adiada

Parece que a famosa PEC da Blindagem – aquela que quer blindar mandatos de governadores e prefeitos – deu uma encalhada feia no plenário. E olha, não foi por falta de tentativa.

O clima ontem estava mais carregado que previsão de temporal. O relator, deputado Danilo Forte (União-CE), simplesmente não apareceu. Sumiu. E não era qualquer votação, era a tal da Proposta de Emenda à Constituição que pode mudar as regras do jogo para quem é alvo de decisões de tribunais de contas.

Mas aí é que tá: o problema não foi só a ausência dele. Havia uma… como dizer… uma atmosfera pesada no ar. Vários partidos estavam de oposição ferrenha. O União Brasil, do próprio relator, travou internalmente. O MDB e o PSD também não engoliram a proposta fácil. E o PT? Ah, o PT então, nem se fala – contra desde o primeiro minuto.

E não para por aí. Havia um mal-estar generalizado. Um desconforto explícito do relator com a pressão para colocar a PEC em votação correndo. Algo do tipo “não me force a fazer do jeito errado”. Forte queria mais tempo, mais diálogo. E quem não quer, né?

Para piorar, o governo Lula resolveu entrar na dança. Deu sinal verde para que sua base votasse contra – um movimento que, convenhamos, não ajuda em nada a desemperrar a situação. A menos, é claro, que o plano seja realmente travar tudo.

Ah, e tem mais: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já havia deixado claro que a PEC só andaria se viesse acompanhada de outro presente – a liberação da verba do chamado orçamento secreto. Jogo político puro, na veia.

No fim das contas, a sessão foi adiada. Sem previsão. Danilo Forte ficou de apresentar um novo texto, mas ninguém segura muita esperança. O clima é de que a blindagem, por enquanto, vai ficar sem blindagem mesmo.

E aí, o que acham? Jogo de poder ou preocupação legítima com o ritmo das coisas? Uma coisa é certa: no Congresso, nada é simples. E quando achamos que vai, dá um nó. Como sempre.