
Eis que a Polícia Federal, numa daquelas operações que parecem saídas de um roteiro de cinema, põe a mão num esquema que só deixa a gente com aquela pergunta: até onde vai a criatividade para torrar o dinheiro público? Dessa vez, o alvo é um grupo suspeito de maquiar licitações e sangrar mais de R$ 5 milhões dos cofres de uma prefeitura no Tocantins.
Não foi pouco, não. Segundo as investigações, a falcatrua rolava desde 2021 – e olha, a coisa era bem orquestrada. Os caras atuavam em sintonia, como se fosse uma orquestra sinistra, só que afinada no desvio.
Como o esquema funcionava?
Parece coisa de filme, mas era pura realidade: falsificação de documentos, empresas de fachada e até laranjas entrando na jogada. Eles forjavam processos licitatórios, criavam disputas que não existiam e, no fim, quem sempre ganhava era o mesmo grupo. Conveniente, não?
E não parava por aí. Os valores dos contratos eram superfaturados numa boa – ás vezes, em mais de 200%. Imagina só: o que custaria R$ 100, era cobrado por R$ 300. E o povo, claro, pagando a conta.
Operação em andamento
A PF já cumpre mandados de busca e apreensão. Tem celular, computador e documento sendo revirado de ponta a ponta. Até agora, seis pessoas são investigadas – e a tendência é que a lista cresça. Afinal, uma teia dessa tamanho não se tece sozinha.
O mais revoltante? Parte da grana desviada era pra ir pra saúde e educação. Enquanto isso, postos de saúde fechados por falta de verba e escolas esperando reforma que nunca sai. É de cair o queixo – e a paciência.
O Ministério Público Federal já avisou: se confirmadas as suspeitas, os responsáveis vão responder por crimes de:
- Fraude a licitação
- Formação de quadrilha
- Lavagem de dinheiro
- Corrupção ativa e passiva
Ou seja, pode ser cana. E muita.
Agora é torcer para que a justiça seja feita – e que casos como esse não se repitam. Porque no fim, quem paga a conta somos sempre nós, contribuintes.