Milei promove ministro das Finanças a chanceler em reformulação do governo argentino
Milei nomeia Caputo como novo chanceler da Argentina

Em uma jogada estratégica que surpreendeu observadores políticos, o presidente argentino Javier Milei promoveu seu atual ministro das Finanças, Luis Caputo, para o cargo de chanceler do país. A decisão representa uma significativa reformulação no primeiro escalão do governo e sinaliza a intenção de alinhar ainda mais a política externa com os objetivos econômicos da administração.

Caputo, figura-chave no plano de estabilização econômica de Milei, assume agora as rédeas da chancelaria argentina em um momento delicado para as relações internacionais do país. Conhecido por seu perfil técnico e experiência em mercados financeiros, o novo chanceler terá a tarefa de conduzir a diplomacia argentina em meio a complexas negociações com organismos multilaterais e parceiros comerciais.

Mudança no comando da política externa

A nomeação de Caputo ocorre após a saída de Diana Mondino, que ocupava o cargo de chanceler desde o início do governo Milei. Analistas interpretam a movimentação como uma consolidação do eixo econômico no núcleo duro da administração, com um de seus principais operadores assumindo funções tradicionalmente mais políticas.

Especialistas em relações internacionais destacam que a escolha reflete a prioridade absoluta que Milei concede à agenda econômica, mesmo em pastas tradicionalmente focadas em aspectos geopolíticos e diplomáticos.

Perfil do novo chanceler

Luis Caputo chega ao Itamaraty argentino com um currículo marcado por passagens pelo setor financeiro e por experiências anteriores no governo. Antes de assumir as Finanças no governo Milei, o economista havia sido presidente do Banco Central durante a administração de Mauricio Macri.

Sua expertise em reestruturação de dívida e negociações com credores internacionais é vista como um trunfo para enfrentar os desafios diplomáticos que se avizinham, particularmente nas relações com o Fundo Monetário Internacional e outros organismos credores.

Impacto nas relações bilaterais

A mudança na chancelaria argentina é acompanhada com atenção pelos principais parceiros do país, incluindo o Brasil. A nomeação de Caputo sugere que Buenos Aires manterá o foco na atração de investimentos e na construção de pontes com mercados financeiros globais.

Observadores apontam que o alinhamento entre política externa e objetivos econômicos pode representar uma nova fase nas relações internacionais argentinas, com potencial impacto em blocos regionais como o Mercosul.