O político Carlos Bolsonaro (PL) oficializou nesta segunda-feira (15) a sua renúncia ao mandato de vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A decisão, publicada no Diário Oficial da casa, marca o início de sua pré-campanha para uma vaga no Senado Federal por Santa Catarina, nas eleições de 2026.
Transição de cargo e nova missão política
Na semana passada, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro já havia comunicado sua intenção de deixar o legislativo carioca para se dedicar integralmente à construção de sua candidatura ao Senado por outro estado. Carlos Bolsonaro foi eleito vereador pela primeira vez aos 17 anos, em 2000, e exercia atualmente seu sétimo mandato consecutivo.
Ao anunciar a saída, ele se despediu dos colegas com um discurso emotivo. "Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com a serenidade de quem sabe que está atendendo uma missão maior, da qual sempre fiz parte", declarou. Ele ainda complementou: "Vou para Santa Catarina para cumprir um chamado que não poderia realizar aqui".
Quem assume a vaga no Rio de Janeiro
Com a renúncia, a vaga de vereador na capital fluminense será automaticamente assumida pelo suplente Alan Passos (PTB). O novo parlamentar recebeu 11.046 votos nas eleições municipais de 2024 e tem experiência prévia no legislativo estadual, onde atuou como deputado na Alerj entre 2019 e 2022, período após o qual não conseguiu a reeleição.
Em seu discurso de despedida, Carlos Bolsonaro destacou a importância do convívio na Câmara do Rio para sua formação pessoal e política. "Lições de vida tivemos nessa casa e, como eu falei à vossa excelência, é isso que forma o nosso caráter, que forma quem nós somos", afirmou.
Estratégia eleitoral em Santa Catarina
A movimentação de Carlos Bolsonaro rumo a Santa Catarina não é recente. Em outubro, ele já havia confirmado publicamente que disputaria uma vaga no Senado pelo estado catarinense, possivelmente ao lado da deputada federal Caroline de Toni (PL). Nas eleições de 2026, os catarinenses elegerão dois senadores.
Nos últimos meses, o ex-vereador tem percorrido diversas cidades de Santa Catarina para ampliar sua base política. A agenda inclui participação em eventos locais e reuniões com empresários, numa clara estratégia para consolidar sua presença no estado antes do início oficial da campanha.
A decisão de migrar para Santa Catarina, no entanto, não foi isenta de controvérsias dentro de seu próprio partido, o PL. A pré-candidatura gerou um racha interno e troca de farpas nas redes sociais, evidenciando disputas pela preferência partidária na corrida ao Senado.
