Macron surpreende e coloca Sebastien Lecornu no comando da França: a aposta política do momento
Macron nomeia Sebastien Lecornu como novo premiê da França

E então, eis que Emmanuel Macron resolve sacudir a poeira do Palácio do Eliseu com uma daquelas manobras que deixam todo mundo de queixo caído. Sério mesmo! Nesta segunda-feira, o presidente francês — aquele mesmo que adora uma surpresa — decidiu trocar as peças do tabuleiro político com uma nomeação que ninguém — mas absolutamente ninguém — esperava para o cargo de primeiro-ministro.

Quem ganhou a faixa? Sebastien Lecornu. Sim, esse mesmo: jovem, ambicioso e com apenas 37 anos. Alguém que já estava ali, colado na equipe de Macron, mas que agora pula para o centro dos holofotes. Algo como trocar o jogador de banco pelo camisa 10 no meio do campeonato.

Lecornu não chega de paraquedas, claro. Ele já havia passado por pastas importantes — como a do Trabalho e depois a da Defesa. Mas convenhamos: assumir como chefe de governo na França não é como assumir a coordenação do churrasco de domingo. A pressão é outra. E os holofotes queimam muito mais.

O que significa essa mudança?

Bom, analistas políticos — esses seres que adoram dissecar cada movimento dos governantes — já estão de sobreaviso. Dizem por aí que a nomeação de Lecornu é uma tentativa clara de Macron reconquistar espaço na direita francesa. Algo como: “ei, pessoal, eu ainda lembro de vocês!”.

Não é segredo para ninguém que a popularidade do presidente anda mais baixa que o preço do cafezinho em Paris. E com as eleições legislativas batendo à porta — marcadas para 30 de junho e 7 de julho —, a coisa ficou séria. Macron precisa de um trunfo. E aparentemente, Lecornu é a carta na manga.

Ah, e tem mais: Gabriel Attal, que ocupava o cargo até então, pediu demissão. Sim, do nada. E logo após a derrota nas eleições europeias. Coincidência? Acho que não.

Quem é Sebastien Lecornu?

Imaginem um político que começou cedo — muito cedo. Aos 24 anos, já era prefeito. Aos 30, secretário-geral do partido O Republicanos em Marcha (agora Renascença). E de lá pra cá, não parou mais. Ministro dos Territórios Ultramarinos, do Trabalho, da Defesa… o cara acumuna funções como se fossem selos no passaporte.

Mas calma — nem tudo são flores. Lecornu é visto com desconfiança por alguns setores mais à esquerda. Alguém lembra das reformas trabalhistas? Pois é. Ele tem histórico. E agora, com a missão de comandar o governo até as próximas eleições, a tarefa não será mole.

O que se espera? Bem, Macron claramente quer oxigenar a imagem do Executivo. Quer dar uma cara nova — mais jovem, dinâmica, talvez até mais ousada — ao governo. Só que… será que vai colar? A França anda dividida. E convencer eleitores descontentes não se faz só com discurso bonito.

Enfim, o jogo político francês acaba de ganhar um novo capitão. Resta saber se ele conseguirá evitar o naufrágio — ou se será apenas mais uma mudança de figurino num palco cheio de críticos.